Venezuela e Médio Oriente dominam Conselho dos Negócios Estrangeiros

por RTP
Reuters

A questão da Venezuela e do médio Oriente foram dois dos temas que estiveram em cima da mesa, no Conselho dos Negócios Estrangeiros, que decorreu esta segunda-feira em Bruxelas. Sete altos dirigentes da Venezuela, incluindo o Procurador-geral da República, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e alguns membros do Governo estão na lista de sanções da União Europeia, anunciou o ministro Augusto Santos Silva.

As sanções foram aprovadas esta segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. Tendo em vista a continuada deterioração da situação na Venezuela, o Conselho decidiu aplicar medidas restritivas a sete responsáveis, com efeito imediato.

O ministro Augusto Santos Silva explicou que os visados estão envolvidos no "desrespeito pelos princípios democráticos do primado da lei bem como em violações dos direitos humanos".

Das sete pessoas, destacam-se o ministro do Interior e Justiça, Néstor Luis Reverol Torres, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça venezuelano Maikel José Moreno Pérez e ainda o procurador-geral, Tarek William Saab Halabi.

As sanções incluem a proibição de viajar para a União Europeia e o congelamento de eventuais bens ou contas.

Além disso entra esta segunda-feira em vigor o embargo à venda de armas para a Venezuela, uma medida que já tinha sido aprovada em novembro do ano passado, no Conselho dos Negócios Estrangeiros. Medidas para incentivar diálogo
"Do ponto de vista europeu as três condições essenciais para que os problemas políticos na Venezuela possam ser superados são, em primeiro lugar, o reconhecimento dos poderes dos órgãos legítimos. A segunda condição é que todos os agentes políticos possam expressar publicamente as suas ideias e conduzir a sua ação política, sem recorrer à violência e que as partes possam chegar a um calendário eleitoral para a próxima eleição do presidente da República venezuelana", explicou o ministro Augusto Santos Silva em conferência de imprensa.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros explicou ainda que as sanções adotadas pela União Europeia não prejudicam a população nem a economia do país, já que se dirigem a altos quadros políticos.

Santos Silva referiu ainda que estas medidas podem incentivar o diálogo: "Estas medidas são contidas, reversíveis, não constituem sanções económicas que poderiam penalizar a população".
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