O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, rejeitou a alegação do governo colombiano de que um avião venezuelano não tripulado realizara uma incursão não autorizada no país vizinho, no sábado.
Uma alegação que, na opinião de Padrino, é uma fórmula do governo colombiano "baralhar o diálogo" que o executivo está a desenvolver no México.
"É muito difícil para nós levar a sério o que descreve a narrativa da guerrilha colombiana para turvar o diálogo no México. Faz-nos pensar que as super-agências de inteligência vizinhas passaram da guarda da produção e tráfico de narcóticos ao consumo", escreveu o ministro da defesa venezuelano na rede social Twitter.
A denúncia da Colômbia da incursão da aeronave no país aconteceu na mesma semana em que o número dois das forças armadas venezuelanas, Domingo Hernández Lárez, explicou que tem dados que mostram que um drone militar do país andino violou o espaço aéreo do país das Caraíbas, facto negado pelo governo colombiano.
A Colômbia e a Venezuela partilham uma fronteira de 2.219 quilómetros, mas as suas relações diplomáticas foram cortadas desde 23 de fevereiro de 2019 por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na sequência de uma tentativa do líder da oposição Juan Guaidó de atravessar a fronteira a partir da cidade colombiana de Cúcuta, à frente de uma caravana de ajuda humanitária.
