Advogados de Sócrates classificam acusação da Operação Marquês de "infundada, insensata e insubsistente"

por RTP
Juan Medina - Reuters

Em comunicado enviado às redações, os advogados do antigo primeiro-ministro dizem que vão analisar a acusação e "irão usar todos os meios do direito para derrotar, em todos os terrenos, essa acusação infundada, insensata e insubsistente".

Em comunicado enviado às redações, os advogados dizem que "a um primeiro relance, trata-se de um romance, de um manifesto, vazio de factos e de provas, pois não pode ser provado o que nunca aconteceu. Trata-se de retomar e desenvolver os mesmos temas numa iniciativa de grande espetáculo".

Os advogados João Araújo e Pedro Delille reiteram que esta acusação surge depois de largamente ultrapassados todos os prazos da lei e, "visivelmente, destinada a reanimar, a alimentar e a expandir a suspeição lançada sobre a pessoa e a ação de um ex-Primeiro Ministro e do seu Governo".

A defesa de José Sócrates volta a lançar farpas, dizendo que agora que cessaram os poderes de direção do processo pelo Ministério Público, o processo "ficará sujeito ao controlo jurisdicional por juiz competente, isento e imparcial".

Até uma decisão sobre o que fazer juridicamente perante a acusação da Operação Marquês que foi conhecida esta quarta-feira, os advogados dizem que irão continuar a agir com absoluta confiança no direito como dizem ter feito ao longo de todo o processo “mesmo quando os que o deviam guardar e acatar o violaram grosseiramente”.

O Ministério Público revelou que foi deduzida acusação a 28 arguidos do processo conhecido como Operação Marquês. Entre eles está José Sócrates, acusado de 31 crimes: prática de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.
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