Ainda não é a altura para falar sobre o regresso às escolas, argumenta Marta Temido

por Antena 1

A ministra da Saúde, Marta Temido, considera que ainda não é altura para falar da reabertura das escolas em Portugal. Em entrevista à Antena 1, no dia em que passa um ano sobre o anúncio dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal, a ministra remete para dia 11 essa análise, consoante alguns pressupostos. Considera ainda que os números da pandemia ainda não estão no nível desejado.

A responsável da Saúde considera que na decisão de abrir as escolas, bem como da Páscoa, o Governo teme em mente o melhor equilíbrio possível, mesmo sendo criticado por muitos.

Marta Temido lembra que apesar da descida dos casos de infeção e do número de vítimas mortais, a situação está ainda longe de ser a ideal.

A ministra da Saúde sublinha que Portugal ainda enfrenta um risco significativo nos internamentos, sobretudo ao nível das Unidades de Cuidados Intensivos.
Marta Temido refere que o sistema de vigilância dos contactos esteve muito pressionado, dizendo que nas últimas semanas levamos o nosso sistema ao limite em muitas áreas.

Nesta entrevista conduzida pelo jornalista Frederico Moreno, a ministra Marta Temido garantiu que Portugal não tem um problema de falta de vacinas.

O problema geral passa pela falta de capacidade de produção industrial de vacinas contra a Covid-19.
69% do patamar máximo de confinamento
Pelos dados disponíveis, dia 15 de abril do ano passado foi a altura de confinamento máximo, em que mais pessoas ficaram em casa.

A ministra revela que agora estamos a 69% desse valor, quando há algumas semanas, chegamos a estar a 75%, ou seja, com mais gente a permanecer em casa para conter a propagação de contágios.

A ministra alerta, no entanto, que este esforço final é o mais difícil para os portugueses, lembrando os dados de junho e julho do ano passado, que levaram até que Portugal fosse alvo de algumas restrições, tendo sido retirado de corredores verdes.

“O que temos da nossa experiência é que esta parte final para nós tem sido difícil de baixar. Este esforço final é muito importante”, garante.

A ministra garante que Portugal está em condições de arrancar com uma testagem massiva em determinadas áreas, quando for tempo de regresso à “normalidade”.


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