Foto: Steve Crisp - Reuters
Vão começar em meados de novembro ‘as polemicas’ dragagens no Rio Sado. Uma obra que visa aprofundar o canal de navegação para permitir a entrada de navios de grande porte.
Equipamento esse, refere Lídia Sequeira, moderno e mais silencioso, tendo como preocupação reduzir os impactos junto dos golfinhos.
A presidente do Porto de Setúbal refere também que vão ser retirados cerca de três milhões e meio de metros cúbicos de areia, cerca de metade dos valores que associações ambientalistas têm avançado.
A responsável recusa qualquer ligação entre as dragagens e a perda de areia das praias da Arrábida e anuncia um estudo sobre esse movimento das correntes marítimas.
Nesta entrevista, Lídia Sequeira recusa criticas sobre a toxicidade das areias no fundo do Rio Sado e diz que, nas amostras analisadas, não é verdade que esses sedimentos sejam tão perigosos como os ambientalistas dizem.
Quanto à necessidade destas obras, a presidente do Porto de Setúbal explica que as mesmas vão permitir um melhor acesso à barra, bem como o melhor cruzamento de navios, modernizando-o sob o risco de ‘ficar para trás’ [face a outros portos] caso não se realizassem as obras.
Em conversa com a jornalista Arlinda Brandão, a presidente das zonas portuárias de Setúbal e Sesimbra, refere que apesar das dragagens o rio Sado não vai ter as mesmas condições de navegabilidade do Porto de Sines, mas será para receber navios de média dimensão, dotando-o das mesmas condições do Porto de Lisboa e Leixões. Onde também vai ser possível receber navios de Cruzeiro.
Quanto às mais valias económicas, a estimativa da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, com base num estudo de viabilidade económico-financeira aponta para três mil postos de trabalho diretos em logística, associados à atividade portuária e 30 mil indiretos nos próximos 20 anos.