O Presidente da República adiantou esta quarta-feira que o ataque ao Centro Ismaili que vitimou duas pessoas pode estar ligado ao exercício do poder parental.
“Aqui não podia ser mais atento esse acompanhamento. Mesmo precisamente se houve problemas foi por ser muito atento", adiantou.
E completou: "Se houve reação pessoal - vamos ver se é essa a explicação -, pessoal, familiar, é precisamente porque houve da parte da comunidade a preocupação com aquela família, com o enquadramento familiar e o comportamento no quadro da família”.
Algo que “acontece com muitas famílias em que as reações perante a intervenção de instituições quanto ao exercício do poder parental suscitam reações", acrescentou ainda.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda que estas situações, muitas vezes acompanhadas por especialistas em direito da família, “são sempre muito complicadas”.
O Presidente da República defendeu que não se deve fazer generalizações com base neste ato criminoso. Em causa está o duplo homicídio cometido por um refugiado afegão que vivia em Portugal com três filhos menores após a morte da mulher em 2021, num campo de refugiados na Grécia.
Segundo o chefe de Estado, tudo indica que se trata de "um caso individual, que era um caso psicológico, pessoal e familiar que ocorre em muitas circunstâncias com muitas pessoas".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda a reação dos portugueses ao crime que ocorreu na terça-feira, considerando que “genericamente a sociedade portuguesa reagiu muito bem” e com “bom senso”.
Este caso visou “uma comunidade muito pacífica como é a comunidade ismaelita, uma comunidade que presta serviço social conhecido”.
c/ Lusa