Em conferência de imprensa após a reunião de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas, a ministra Helena Carreiras considerou que os atos de indisciplina não devem ser tolerados nas Forças Armadas e que podem mesmo colocar em causa o próprio país.
"Atos de indisciplina" nas Forças Armadas "são intoleráveis", afirma a ministra da Defesa
“Põem em causa a coesão, põem em causa a segurança de todos, e portanto o próprio país, a nossa segurança coletiva”, vincou a governante. A 11 de março, 13 militares recusaram-se a embarcar no navio Mondego, alegando falta de condições de segurança. Neste aspeto concreto, a ministra da Defesa considerou que é necessário aguardar pela investigação do Ministério Público.
Também em relação à alegada denúncia, feita no domingo, sobre “indícios de prova” apagados pela Marinha, a ministra preferiu não se pronunciar. “É um caso que está a ser investigado, há processos disciplinares, o Ministério Público está a investigar, vamos deixar que isso aconteça”, adiantou.
Sobre a alegada eliminação de provas, a Marinha
refutou esta segunda-feira que qualquer prova tenha sido eliminada. Em
comunicado, o ramo das Forças Armadas acrescenta que as avarias "não
eram impeditivas do cumprimento da missão em segurança".
Os 13 militares não chegaram a ser ouvidos esta segunda-feira pela Polícia Judiciária Militar, como estava previsto. A diligência ficou sem efeito por decisão da procuradora do Ministério Público que dirige o inquérito.
c/ Lusa