Autarca da Maia alerta para necessidade de limpeza de ribeiros

por Lusa

O presidente da Câmara da Maia, concelho onde o mau tempo obrigou ao encerramento de um centro comercial que ficou inundado, alertou hoje para a necessidade de o Ministério do Ambiente proceder à manutenção dos ribeiros.

"Uma das causas foi a falta de manutenção e isso é da competência do Ministério do Ambiente", afirmou à Lusa Bragança Fernandes para quem a tutela "tem de estar atenta a estas coisas".

O mau tempo e as chuvas intensas causaram a inundação do parque de estacionamento do centro comercial Maia Jardim que acabou por ser evacuado e encerrado.

Na origem da inundação esteve o aumento de caudal da ribeira de Almorode, um afluente do rio Leça, que levou ainda ao abatimento de uma via perto do centro comercial.

Segundo Bragança Fernandes, "as cheias acontecem porque por vezes os leitos dos rios não são limpos", ainda que não atribua a responsabilidade do sucedido ao ministério do Ambiente.

O primeiro alerta foi dado pelas 07:05, hora a que a equipa de segurança do local ainda tentou, em vão, extrair a água do parque de estacionamento do piso -1 com motobombas.

Pelas 16:00 várias equipas ainda se encontravam no local a tentar retirar a água.

O presidente da câmara prevê que o centro comercial reabra segunda-feira.

"Podia ser pior, mas nós não podemos controlar a água que chove", disse.

A proteção civil registou hoje mais de 130 ocorrências no distrito do Porto por causa do mau tempo, na sua maioria inundações, com os concelhos da Maia e de Matosinhos a serem os mais afetados durante a manhã.

O distrito do Porto é um dos 10 que estão com aviso laranja (o segundo mais grave) emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a que se juntam os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Aveiro, Viseu, Lisboa, Setúbal, Leiria e Coimbra, os últimos quatro por causa da agitação marítima.

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