País
Bairro do Talude. Famílias desalojadas passam a noite em tendas e igreja
As famílias desalojadas pela demolição do Bairro do Talude Militar, em Loures, processo levado a cabo com a intervenção da PSP, passaram a última noite em tendas e numa igreja local. As máquinas voltam a avançar esta terça-feira – das 64 casas que compunham o bairro ilegal, falta demolir 13. O movimento Vida Justa acusa a Câmara Municipal de não apresentar soluções.
Uma centena de adultos e mais de 60 crianças do Bairro do Talude ficaram sem casa na sequência dos trabalhos de segunda-feira, que perduraram das 12h00 até cerca das 16h00, em ambiente de tensão entre polícia, ativistas e os moradores, que receberam um pré-aviso para a demolição na passada sexta-feira.O Bairro do Talude Militar foi erguido nos anos de 1980. A maioria dos imigrantes que ali viviam nasceu em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
De acordo com o movimento Vida Justa, que esteve a acompanhar os protestos dos moradores do bairro, a Câmara de Loures não apresentou ainda qualquer solução “viável”.
A autarquia aconselhou, por sua vez, as famílias desalojadas a procurarem os serviços sociais na Casa da Cultura, em Sacavém, garantindo que “foram disponibilizadas alternativas habitacionais no mercado de arrendamento, com possibilidade de apoio financeiro à caução e à primeira renda”. Mas os moradores do Talude sublinham que não auferem salários em montantes quer lhes permitam fazer face às despesas do atual mercado. O movimento de ativistas promete manter-se no local para contestar a demolição e “as mesmas soluções de sempre”. Também a Câmara da Amadora avançou, na segunda-feira, com demolições na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo Bairro de Santa Filomena. Foram destruídas oito de 22 habitações ilegais.
A autarquia afirma terem sido identificados cerca de 30 adultos e 14 crianças, prometendo uma “resposta de emergência”. Sustenta que as construções constituem um retrocesso nos esforços que o município tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos e indica que as demolições ocorreram dentro da normalidade possível.
O movimento Vida Justa aponta a semelhança dos procedimentos adotados pelas câmaras da Amadora e de Loures: não foi apresentada qualquer “alternativa viável” e o prazo de comunicação das demolições em tempo útil não foi cumprido.
c/ Lusa
De acordo com o movimento Vida Justa, que esteve a acompanhar os protestos dos moradores do bairro, a Câmara de Loures não apresentou ainda qualquer solução “viável”.
A autarquia aconselhou, por sua vez, as famílias desalojadas a procurarem os serviços sociais na Casa da Cultura, em Sacavém, garantindo que “foram disponibilizadas alternativas habitacionais no mercado de arrendamento, com possibilidade de apoio financeiro à caução e à primeira renda”. Mas os moradores do Talude sublinham que não auferem salários em montantes quer lhes permitam fazer face às despesas do atual mercado. O movimento de ativistas promete manter-se no local para contestar a demolição e “as mesmas soluções de sempre”. Também a Câmara da Amadora avançou, na segunda-feira, com demolições na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo Bairro de Santa Filomena. Foram destruídas oito de 22 habitações ilegais.
A autarquia afirma terem sido identificados cerca de 30 adultos e 14 crianças, prometendo uma “resposta de emergência”. Sustenta que as construções constituem um retrocesso nos esforços que o município tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos e indica que as demolições ocorreram dentro da normalidade possível.
O movimento Vida Justa aponta a semelhança dos procedimentos adotados pelas câmaras da Amadora e de Loures: não foi apresentada qualquer “alternativa viável” e o prazo de comunicação das demolições em tempo útil não foi cumprido.
c/ Lusa