Câmara de Ourém quer parceria com Governo para comemorações do centenário de Fátima

por Lusa

Ourém, Santarém, 08 out (Lusa) -- O presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, defendeu hoje uma parceria com o Governo para as comemorações do centenário dos acontecimentos de Fátima, em 2017, considerando tratar-se de um "momento importantíssimo para o país".

"Só preciso de parceria, não preciso de donativos. Preciso que o Governo perceba que temos em mãos uma grande responsabilidade e se agirmos em parceria conseguiremos ultrapassar todos os obstáculos" para concretizar um conjunto de iniciativas no âmbito das comemorações, afirmou à agência Lusa Paulo Fonseca.

O autarca levou na quarta-feira um dossiê à presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, com um conjunto de ações e investimentos que deseja ver executados por ocasião do centenário.

Esta reunião surgiu após encontros com membros do Governo nos quais foi sugerido ao autarca o contacto com a CCDRC no sentido de aferir a eventual aplicação de fundos comunitários nas comemorações, nas quais está prevista a presença do papa Francisco, em maio de 2017.

"Este é um evento de importância vital para o país. Está em causa uma visibilidade internacional e um momento de afirmação do país", declarou Paulo Fonseca, argumentando que "esta constatação deve levar o Governo a apoiar um conjunto de reformas que é preciso desenvolver".

O presidente da Câmara de Ourém, no distrito de Santarém, adiantou que propôs a criação de uma comissão de trabalho constituída "por quem o Governo indicar e pelo município" de forma a "articular" esta matéria "com regularidade e em permanência", aguardando notícias sobre esta proposta.

"2017 não tem o significado de uma sessão solene comemorativa do centenário que, aliás deve ter um momento ou mais do que um, mas que é muitíssimo mais do que aquele momento", declarou, defendendo que o acontecimento "não é um objetivo, mas deve ser um ponto de partida para uma cidade transformada na sua organização urbana, na capacidade de resposta das infraestruturas, na ambição que apresenta para poder dar uma boa imagem do próprio país".

Segundo o autarca, as necessidades da cidade-santuário dizem respeito à "comemoração propriamente dita", estando já previsto um conjunto de eventos, o reforço da internacionalização da marca Fátima e, por fim, os investimentos nas áreas urbanística e de equipamentos.

Neste último caso, o responsável exemplificou com as novas instalações da Escola de Hotelaria de Fátima, a criação de um centro de congressos ou de um parque de logística, este para que as diversas entidades de segurança e de socorro que prestam apoio aos peregrinos possam ter melhores condições de atuação e capacidade de resposta.

Paulo Fonseca recordou ainda as palavras do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que, numa deslocação a Ourém em agosto, referiu que as comemorações do centenário são uma "matéria relevante, não apenas para Fátima nem para Ourém, mas para todo o país".

Na ocasião, Passos Coelho afirmou que esta matéria "não deixará de merecer um envolvimento grande quer do Governo, da administração, da hierarquia da Igreja Católica, quer das instituições e nomeadamente da Câmara Municipal".

Para o presidente da câmara, é agora necessário passar das palavras aos atos.

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