Cartas entre PSD e PS são "coreografia", todos estão a pensar em eleições antecipadas, afirma Pacheco Pereira

por Isabel Cunha

A troca de cartas entre os líderes do PSD e do PS não passa de coreografia política, ajuíza o histórico social-democrata Pacheco Pereira, em entrevista com a Antena1 na qual considera que nem Luís Montenegro nem Pedro Nuno Santos ganham o que quer seja com um acordo.

“Vai sempre haver uma grande dose de tática e de hipocrisia nesse entendimento”, descodifica Pacheco Pereira, sem dúvidas de que no horizonte dos dois líderes políticos está já o cenário de eleições antecipadas.

A governabilidade e necessidade de sobrevivência no poder são o que, no entender de Pacheco Pereira, leva muitos sociais-democratas a defenderem entendimentos com o Chega. E há mais pessoas na cúpula do PSD a partilhar das ideias ontem novamente sugeridas por Pedro Passos Coelho. O objetivo é pressionar Luís Montenegro a estabelecer entendimentos com o terceiro partido mais votado nas últimas legislativas.

Nesta entrevista, Pacheco Pereira manifesta-se também em desacordo da ideia, avançada por André Ventura, de que Pedro Passos Coelho seria um bom candidato para a Presidência da República.
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