País
Centenas de escolas vão fechar este Verão
A ministra da Educação confirma que, pelo menos, 400 escolas do 1º ciclo podem vir a ser encerradas no âmbito da reconversão do parque escolar. O número tinha sido adiantado pelo primeiro-ministro José Sócrates e anteriormente pelo secretário de Estado da Educação. O “Diário de Notícias”, citando uma recolha das autarquias, apontava na sua edição de hoje, para a possibilidade de fecho de mais 654 escolas do 1º ciclo no próximo ano lectivo.
O plano de reorganização da rede escolar, que visa o encerramento de escolas com menos de 21 alunos, continua a ser objeto de debate entre as autarquias e o Ministério da Educação.
Isabel Alçada refere que as contas ainda estão a ser feitas, mas confirma que foram identificadas 400 escolas como “sem condições (adequadas) para poder continuar a funcionar”. No início do último ano letivo, fecharam 701 escolas, entre 1100 estabelecimentos de ensino identificados com menos de 21 alunos.
“Não temos números ainda, porque é um trabalho a fazer diretamente com as autarquias. O Ministério da Educação está a conjugar esforços para que tudo esteja organizado em tempo oportuno”, quis sublinhar Isabel Alçada, esta tarde, em São Brás de Alportel, onde foi visitar a Escola Secundária José Belchior Viegas que sofreu obras de requalificação, no valor de 1,4 milhões de euros.
Outra das mensagens que a governante quis transmitir assenta na análise conjunta dos eventuais encerramentos e que “a decisão será tomada em harmonia”.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) nota que a organização ainda não foi ouvida sobre o encerramento das escolas no próximo ano letivo. Segundo o “princípio genérico” estabelecido com o Governo, “nenhuma escola encerrará sem o município estar de acordo”, embora “a responsabilidade de decidir" seja do Governo, acrescenta o social-democrata Fernando Ruas.
"Estamos a subir em termos numéricos o grau de exigência e a associação, naturalmente que mantém este princípio de pé", sublinhou o autarca de Viseu.
“Diário de Notícias” refere encerramento de 654 escolas
A referência ao fecho de 400 estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo foi feita pelo secretário de Estado da Educação, na semana passada, em reunião com representantes sindicais dos professores, contextualiza o “Diário de Notícias”.
O jornal avança, com base num levantamento feito pelos municípios, que são 654 as escolas que este ano podem fechar portas. Estas unidades são, segundo o coordenador para a Educação da ANMP, aquelas cujo fecho poderá ser mais polémico, esperando-se “muita resistência” de autarquias e munícipes. “As escolas com menos de 21 alunos que ainda estão abertas são aquelas que o ministério não teve argumentos para fechar”, comentou António José Ganhão.
O primeiro-ministro citou a notícia e apontou que, “na opinião do Ministério, já só faltam cerca de 400 e por isso estamos a construir novos centros escolares”.
FNE aponta critérios economicistas e maior desertificação
O presidente da Federação Nacional de Professores (FNE) considera que o Ministério da Educação tem fundamentado as suas decisões no critério “orçamental, é poupar a todo o custo”. “Isto parece-nos uma perspectiva errada de decisão, particularmente pelo impacto na qualidade das condições educativas” de crianças e jovens, lamenta João Dias da Silva.
“É evidente que isto conduz ou sublinha, de certo modo, um processo de desertificação que, na nossa perspectiva, deveria ser combatido”, acrescenta.
Isabel Alçada refere que as contas ainda estão a ser feitas, mas confirma que foram identificadas 400 escolas como “sem condições (adequadas) para poder continuar a funcionar”. No início do último ano letivo, fecharam 701 escolas, entre 1100 estabelecimentos de ensino identificados com menos de 21 alunos.
“Não temos números ainda, porque é um trabalho a fazer diretamente com as autarquias. O Ministério da Educação está a conjugar esforços para que tudo esteja organizado em tempo oportuno”, quis sublinhar Isabel Alçada, esta tarde, em São Brás de Alportel, onde foi visitar a Escola Secundária José Belchior Viegas que sofreu obras de requalificação, no valor de 1,4 milhões de euros.
Outra das mensagens que a governante quis transmitir assenta na análise conjunta dos eventuais encerramentos e que “a decisão será tomada em harmonia”.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) nota que a organização ainda não foi ouvida sobre o encerramento das escolas no próximo ano letivo. Segundo o “princípio genérico” estabelecido com o Governo, “nenhuma escola encerrará sem o município estar de acordo”, embora “a responsabilidade de decidir" seja do Governo, acrescenta o social-democrata Fernando Ruas.
"Estamos a subir em termos numéricos o grau de exigência e a associação, naturalmente que mantém este princípio de pé", sublinhou o autarca de Viseu.
“Diário de Notícias” refere encerramento de 654 escolas
A referência ao fecho de 400 estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo foi feita pelo secretário de Estado da Educação, na semana passada, em reunião com representantes sindicais dos professores, contextualiza o “Diário de Notícias”.
O jornal avança, com base num levantamento feito pelos municípios, que são 654 as escolas que este ano podem fechar portas. Estas unidades são, segundo o coordenador para a Educação da ANMP, aquelas cujo fecho poderá ser mais polémico, esperando-se “muita resistência” de autarquias e munícipes. “As escolas com menos de 21 alunos que ainda estão abertas são aquelas que o ministério não teve argumentos para fechar”, comentou António José Ganhão.
O primeiro-ministro citou a notícia e apontou que, “na opinião do Ministério, já só faltam cerca de 400 e por isso estamos a construir novos centros escolares”.
FNE aponta critérios economicistas e maior desertificação
O presidente da Federação Nacional de Professores (FNE) considera que o Ministério da Educação tem fundamentado as suas decisões no critério “orçamental, é poupar a todo o custo”. “Isto parece-nos uma perspectiva errada de decisão, particularmente pelo impacto na qualidade das condições educativas” de crianças e jovens, lamenta João Dias da Silva.
“É evidente que isto conduz ou sublinha, de certo modo, um processo de desertificação que, na nossa perspectiva, deveria ser combatido”, acrescenta.