Pelas 23 horas de terça-feira o balanço da tragédia confirmava cinco mortos e três desaparecidos após várias explosões de uma fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego.
Uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu adiantou que a explosão ocorreu às 17h48 num paiol e projetou os corpos a grande distância.
A explosão provocou ainda um incêndio de grandes dimensões.
As causas da tragédia permanecem por apurar. A prioridade é encontrar os corpos das vítimas, como explicou às zero horas de quarta-feira o secretario de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O local onde se encontrava a fábrica, bastante isolado, está selado e assim irá ficar durante a noite num perímetro de 300 metros.
Pelas 08h00 da manhã serão retomadas as buscas pelos corpos e pelos vestígios que expliquem o sucedido. A Polícia Judiciária ficou encarregue das investigações.
A fábrica estava licenciada e certificada. Jorge Gomes quer esperar pelas conclusões da investigação antes de especular sobre as causas da tragédia.
Abraço às famílias
O Presidente da República é esperado esta quarta-feira em Avões, onde irá confortar as famílias.
Do Luxemburgo, onde se encontra em visita de Estado, o primeiro-ministro telefonou ao presidente da Câmara de Lamego para endereçar as suas condolências às famílias das vítimas.
Em nome do @govpt quero enviar os sentimentos e uma palavra de ânimo aos familiares das vítimas do incidente desta tarde em Lamego. 1/2
— António Costa (@antoniocostapm) 4 de abril de 2017
"Em nome do Governo, quero enviar os sentimentos e uma palavra de ânimo aos familiares das vítimas do incidente desta tarde em Lamego", escreveu António Costa na sua conta no Twiter.
Fonte oficial do gabinete de antónio Costa adiantou à agência Lusa que nessa conversa telefónica António Costa se disponiblizou "para o que fosse preciso".
Igual promessa foi feita por Jorge Gomes, que garantiu às famílias enlutadas e aos habitantes de Avões todo o apoio necessário.
"Tragédia enorme"
Francisco Lopes, o presidente da Câmara de Lamego, fala em "enorme tragédia".
"É uma tragédia enorme, com várias pessoas no interior do edifício. Serão sete ou oito pessoas. Em princípio, há três mortos e receamos o pior para os restantes", declarou o autarca, fazendo também ele notar que continuam a suceder-se as explosões.
Francisco Lopes recordou que o histórico de incidentes em fábricas de pirotecnia é "conhecido", sublinhando no entanto que nunca antes com esta dimensão em termos de vítimas mortais.
"É uma tragédia enorme, com várias pessoas no interior do edifício. Serão sete ou oito pessoas. Em princípio, há três mortos e receamos o pior para os restantes", declarou o autarca, fazendo também ele notar que continuam a suceder-se as explosões.
Francisco Lopes recordou que o histórico de incidentes em fábricas de pirotecnia é "conhecido", sublinhando no entanto que nunca antes com esta dimensão em termos de vítimas mortais.
Durante várias horas, de acordo com o INEM, foi impossível à equipas de intervenção avançarem face à continuada ocorrência de novas explosões.
De acordo com página da Proteção Civil, acorreram ao local dois helicópteros do INEM, 121 homens e 40 viaturas. Foram ainda enviadas várias equipas de psicólogos.
A Polícia Judiciária foi entretanto chamada a investigar as causas das explosões.
Ao local deslocaram-se 25 militares da GNR, responsáveis pela operação de segurança, "para garantir que não há nada que possa explodir ou deflagrar", e pelo isolamento da zona, com vista à "preservação de vestígios".