Clima. "Demos mais passos para trás do que para a frente"

por Antena 1

Reuters

Começou este domingo a conferência do clima na Polónia. Até ao próximo dia 14 de Dezembro, o objetivo é concluir o Acordo de Paris, alcançado no final de 2015, para limitar o aquecimento global. Para a Quercus, apesar de haver pequenos avanços, deu-se "mais passos para trás do que para a frente".

A associação ambientalista está pessimista. João Branco, o presidente da Quercus, entrevistado pela jornalista Marta Pacheco, refere que “não são boas notícias para o planeta nem para a humanidade” quando as Nações Unidas arriscam agora um aumento da temperatura global entre três a cinco graus.

"Em três anos andámos mais para trás do que para frente", diz João Branco. E avisa que é preciso um compromisso global em que os interesses do planeta estejam acima dos interesses económicos.

“Há uma fatia maior de energias renováveis e isso até é uma boa notícia. O problema é que o consumo está aumentar e o consumo de petróleo não se vai deixar de fazer”.

Para a Quercus, manter os princípios do Acordo de Paris será já um resultado positivo, mas isso é a teoria, explica João Branco, porque depois na prática é necessário que os países cumpram o acordado.
A sociedade portuguesa ainda não está preparada
João Branco diz que a sociedade portuguesa não está ainda preparada para os problemas ambientais. Reflexo disso é a forma como o Parlamento atua em relação às taxas dos sacos de plásticos.

“Quando o Parlamento vota contra a subida dos preços dos sacos de plástico para 15 cêntimos, quando já comprámos sacos de papel a dez cêntimos, mostra que ainda não estamos preparados”.

O plástico é um derivado do petróleo.

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