Conselho Médico de Gaia diz ser urgente que hospital seja encarado como prioridade

por Lusa

Vila Nova de Gaia, Porto, 14 mai 2019 (Lusa) -- O Conselho Médico do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho manifestou hoje preocupação pela falta de respostas do Governo à necessidade de realização de obras, considerando "urgente" que o hospital seja encarado como uma prioridade.

"É urgente que o centro hospitalar seja encarado como uma prioridade pelo Ministério da Saúde, tendo em consideração o envolvimento de todo o dirigismo, a elevada diferenciação do hospital, a área de influência (adultos e classe pediátrica) e sua importância no Serviço Nacional de Saúde", entendeu o Conselho Médico, em comunicado.

Segundo o Conselho Médico, no presente, como no passado, em vez de respostas às necessidades do hospital, a tutela não tem apresentado estratégia orientadora, efetuando nomeações consecutivas de conselhos de administração ou de direções clínicas.

"Tal atuação coloca em causa as condições necessárias e o empenho deste conselho de administração no restabelecimento do normal funcionamento da instituição", sublinhou.

Manifestando preocupação pela falta de respostas às "reiteradas ambições" do centro hospitalar, o Conselho Médico lamentou o facto de o Governo não contribuir para a estabilidade e sustentabilidade dos cuidados de saúde da população.

"As 52 direções de serviço já demonstraram publicamente, e à Comissão Parlamentar de Saúde, as preocupações relativas à estrutura hospitalar (com projeto funcional de um hospital novo aprovado em 2008), às contratações de profissionais, aquisição de equipamentos e financiamento adequado à diferenciação do hospital", vincou.

O ex-presidente do Conselho de Administração, António Dias Alves, renunciou ao cargo, cessando funções a 01 de abril, anunciou o próprio na altura numa carta aos funcionários e a que a Lusa teve acesso.

Na semana passada, a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, disse que a nomeação do novo presidente está para breve.

"Está tudo em análise, rapidamente, aliás, brevemente teremos uma resposta", adiantou, na altura, à margem da cerimónia do 1.º aniversário da Unidade de Hospitalização Domiciliária daquele hospital.

Nesse dia, e aproveitando a presença da governante, o diretor clínico lembrou que a unidade de saúde precisa "urgentemente de dinheiro" para arrancar com a última fase das obras de requalificação, insistindo no estado de degradação em que estão as suas instalações.

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