Costa insiste: "Não é um tempo de demissões"

por RTP

Depois da comunicação da noite de segunda-feira ao país, já na fase de perguntas dos jornalistas, o primeiro-ministro voltou a ser questionado sobre as condições da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, para se manter no cargo. António Costa afastou, uma vez mais, o cenário de imediata demissão.

"É tempo de passar das palavras ao atos. Não é um tempo de demissões, é um tempo de soluções", reiterou Costa, voltando a lembrar que presidirá no próximo sábado a uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para levar à prática os resultados da Comissão Técnica Independente que analisou a resposta aos incêndios de junho.

"Reuniremos no próximo sábado um Conselho de Ministros para concretizar em medidas aquilo que são as recomendações e as conclusões da Comissão Técnica Independente que, composta por elementos de alto valor científico, designada pela Assembleia da República, apresentou ao país e que não podem cair em saco roto", reafirmou.

Adiante o governante sustentou que os incêndios de Pedrógão Grande e deste domingo "são dois eventos de natureza diferente".

"Pedrógão será sempre um caso único, pela dimensão trágica das vidas humanas, pela dimensão trágica dos danos materiais que, numa única ocorrência, teve lugar", argumentou.

"O dia de ontem foi um dia terrível, mas foi um dia onde o nosso sistema de Proteção Civil teve de responder a mais de 500 ocorrências, onde houve inúmeras perdas de vidas humanas, decidida pelo conjunto dessas várias ocorrências", continuou o primeiro-ministro.

"Neste momento nós temos algo que honrar, que é o dever de responder com maturidade àquilo que começámos com maturidade a construir", acrescentou.
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