Derrocada na ilha Pico desaloja 31 pessoas, zona continua muito instável

por Lusa

São Roque, ilha do Pico, 13 jun (Lusa) -- Mais de trinta pessoas ficaram hoje desalojadas, na ilha do Pico, nos Açores, na sequência de uma derrocada de grandes dimensões na encosta de São Miguel Arcanjo, zona que continua "muito instável" e onde a circulação está interdita.

O presidente da Câmara Municipal de São Roque do Pico, Mark Anthony Silveira, acrescentou, em declarações à Lusa, que 31 pessoas foram retiradas das suas casas, por estarem em risco "nove habitações, uma delas pertencente a cidadãos estrangeiros que apenas passam férias na ilha".

"Estas habitações não poderão ser habitadas. As pessoas foram todas evacuadas a seu tempo. Algumas foram para casa de familiares e outras para o quartel dos bombeiros e estão a ser acompanhadas pelo gabinete de ação social da câmara municipal e pelos serviços da Secretaria Regional da Solidariedade Social [do Governo dos Açores], para que o realojamento seja feito o mais rápido possível", indicou.

De acordo com o autarca, "desde há algum tempo" que se "agravam os desabamentos e deslizamentos na linha de costa", com "a agravante", neste caso, de se "situar muito próximo da estrada municipal de São Miguel Arcanjo e das habitações".

"Contudo, os acontecimentos precipitaram-se desde a madrugada, com deslizamentos contínuos e cada vez mais graves", adiantou ainda, acrescentando que "continuam a ocorrer deslizamentos".

Foi delimitado "um perímetro de segurança e é desaconselhável o trânsito pedonal e automóvel" na zona, segundo disse ainda Mark Anthony Silveira.

O autarca salientou também que "desde a primeira hora tem sido mantido contacto com o Serviço Regional de Proteção Civil, que acionou todos os mecanismos e todas as entidades do Governo [Regional] na ilha estão a acompanhar a situação e a disponibilizar os seus meios".

Além dos bombeiros e PSP, no local encontram-se também técnicos do Laboratório Regional de Engenharia Civil e do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), que estão a monitorizar a evolução da situação na zona.

 

 

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