DGS pede prudência nas medidas que condicionem amamentação

A Direção-Geral da Saúde diz que a avaliação de medidas que condicionem a amamentação deve ser revista pelo Governo com mais cuidado. A entidade de regulação alerta que esta prática tem benefícios para as crianças, mesmo além dos dois anos de idade.

Rosa Azevedo - Antena 1 /

Foto; Kateryna Hliznitsova na Unsplash

Os dados recolhidos pelos centros de Saúde mostram também que os casos de amamentação após os dois anos são residuais.

O alerta da DGS surge depois de a ministra do Trabalho ter afirmado que existem casos de crianças que são amamentadas até à primária, só para que as mães mantenham o horário reduzido.

No entanto, apesar dos sucessivos pedidos da comunicação social e dos partidos da oposição, o Governo continua sem apresentar quaisquer dados que comprovem a existência de abusos nesta matéria.

Pelo contrário, os abusos têm acontecido não por parte das mães, mas por parte das empresas.

Nos últimos cinco anos, a Autoridade para as Condições do Trabalho identificou 23 casos de entidades patronais que desrespeitaram o direito à amamentação ou ao aleitamento.

A ACT não tem registo de irregularidades por parte das trabalhadoras.

O primeiro-ministro diz que o processo de alteração das leis laborais ainda só vai na primeira etapa.

Luís Montenegro salienta que terá de haver ainda diálogo e discussão, antes de qualquer decisão final.
Declarações de Luís Montenegro aos jornalistas, ontem à noite, à margem da inauguração da Feira de São Mateus, em Viseu.
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