Educação. Investigação em Ciências da Comunicação leva ISCTE ao Shangai Ranking

por RTP
O ISCTE encontra-se entre a 150ª e a 200ª posições entre as instituições de investigação em Comunicação da lista para a área das Ciências da Comunicação DR

O Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) - Instituto Universitário de Lisboa é a universidade portuguesa mais bem classificada na área das Ciências da Comunicação no Ranking Global de Temas Académicos (GRAS) de 2021, que analisa as 1.000 melhores universidades de investigação e as 300 melhores em Comunicação. Além do ISCTE, apenas a Universidade do Minho tem presença nesta listagem.

O ISCTE encontra-se entre a 150ª e a 200ª posições entre as instituições de investigação em Comunicação, enquanto a Universidade do Minho está entre a 201ª e a 300ª posições. Cada uma destas listagens está organizada por ordem alfabética.

Composto por universidades de 27 países, o Ranking Global de Temas Académicos (GRAS) é liderado pela Universidade de Amesterdão. Numa Iista dominada por universidades norte-americanas, encontram-se destacadas as universidades de Viena (Áustria), a Livre de Amesterdão (Holanda), bem como Oxford (Grã-Bretanha), Zurique (Suíça), Munique (Alemanha), Lovaina (Bélgica) e Gante (Bélgica).

Os indicadores que determinam a qualidade académica das instituições, e a sua classificação, são a publicação de artigos em revistas científicas, as citações obtidas através destas publicações internacionais, a colaboração com outras instituições estrangeiras, a qualidade de pesquisa e os prémios académicos internacionais atribuídos aos docentes.

A lista das melhores instituições de ensino por temas académicos começou a ser publicada em 2017. No entanto, o Ranking de Xangai, nome mais conhecido do Ranking Académico das Universidades Mundiais (ARWU) e um precursor dos rankings universitários, já listava as melhores universidades de investigação a nível mundial e por área de investigação desde 2009.
Redes de colaboração para ultrapassar “limitações de financiamento”
Para Gustavo Cardoso, professor catedrático de Ciências da Comunicação do ISCTE, o resultado "resulta, essencialmente, do trabalho dos diferentes investigadores doutorados e doutorandos que, ao longo dos últimos dez anos, têm construído redes formais e informais de colaboração à escala global”.

É graças a estas redes de colaboração que conseguem “ultrapassar as limitações de financiamento existentes ao nível dos recursos humanos e ferramentas de investigação e estar na vanguarda da compreensão dos assuntos centrais para a sociedade e no futuro desenho de praticas de gestão de empresariais inovadoras bem como de políticas públicas".

No que respeita às Ciências da Comunicação do ISCTE, a investigação desta entidade está organizada em torno do Doutoramento em Ciências da Comunicação e do centro CIES-ISCTE, compreendendo ainda os mestrados em Gestão dos Novos Media e em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação. As ações de investigação da instituição englobam ainda as pós-graduações em Jornalismo e em Assessoria de Comunicação e Política.

A partir de setembro o CIES-ISCTE lidera a participação portuguesa, que inclui a LUSA, o Polígrafo, a Universidade de Aveiro e o OberCom, no consórcio IBERIFIER que irá analisar a desinformação em Portugal e colaborar na Europa e no espaço de língua portuguesa com o Observatório Europeu sobre a desinformação.
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