Em silêncio sobre "política interna". Costa despede-se de diretórios da UE

por RTP

Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP

António Costa está em Bruxelas e, prestes a cessar funções enquanto primeiro-ministro, despede-se dos altos representantes da União Europeia e acredita que as instituições "têm boas razões para estarem totalmente tranquilas (...) quando à mudança de Governo".

Recusando-se a falar sobre a Legislativas ou qualquer assunto nacional, o primeiro-ministro cessante considerou que o que está "na ordem do dia são as eleições europeias".

"Cumpro aquilo que é meu dever de agradecer e despedir-me", afirmou António Costa, admitindo que os representantes das instituições europeias "estão curiosas" para saber como vai ser o novo quadro político em Portugal.

Questionado sobre se considera que o seu futuro político estava refém da justiça portuguesa, António Costa preferiu não responder e lembrar que respeita e sempre respeitou o Direito e Justiça.

Sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal, com o aumento de mandatos do Chega na Assembleia da República, o primeiro-ministro cessante considerou que as "instituições europeias têm boas razões para estarem totalmente tranquilas, desse ponto de vista, quando à mudança de Governo", uma vez que o partido de André Ventura não manifestou apoiar políticas anti-europeístas ou pró-russas, por exemplo.

"Não haverá mudança da política europeia ou da política externa", explicou.
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