Estudos para remoção de resíduos em antigas áreas industriais da Baia do Tejo vão ser apresentados

por Lusa

Barreiro, Setúbal, 23 jan (lusa) -- O secretário de Estado do Ambiente vai visitar, na quarta-feira, o parque empresarial da Baía do Tejo, no Barreiro, para avaliar o processo de remoção dos passivos ambientais, sendo também apresentados estudos para nova fase de retirada de resíduos.

"Será feito ponto de situação dos investimentos na requalificação ambiental dos territórios e da fase em que se encontra a remoção dos passivos no Barreiro e Seixal", anunciou a Baía do Tejo, em comunicado enviado hoje à agência Lusa.

A Baía do Tejo, do universo Parpública (empresas detidas pelo Estado), tem a seu cargo a gestão dos Parques Empresariais localizados no Barreiro, Seixal e Estarreja, bem como o desenvolvimento do projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação de antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada.

Segundo a empresa, vão também ser apresentados estudos em curso para avaliação e enquadramento de fundos para nova fase dos trabalhos de remoção de resíduos dos territórios geridos pela Baía do Tejo.

Os estudos que vão ser apresentados destinam-se às áreas das pirites verdes e zona do cais no Barreiro e para as zonas da Coqueira, Vazadouro I e Nova Aciaria no Seixal. É também objetivo analisar a valorização das cinzas de pirite e a ligação da rede de saneamento do Parque Empresarial do Barreiro à ETAR Barreiro/Moita.

A vista do secretario de Estado do Ambiente, Carlos Martins, vai decorrer na quarta-feira, dia 24 de janeiro, estando prevista uma reunião com a administração da Baía do Tejo e a visita aos locais onde estão em curso os trabalhos de descontaminação.

Em setembro de 2016, o secretário de Estado do Ambiente anunciou que três candidaturas, duas para o Barreiro, de sete milhões de euros e com cerca de 5,5 hectares de intervenção, e uma no Seixal, de seis milhões de euros e para a resolução de um passivo ambiental numa área de 1,7 hectares, tinham sido aprovadas.

As candidaturas aprovadas, que totalizaram um valor de cerca 13 milhões de euros, deram continuidade a um processo que já tinha sido iniciado no anterior quadro comunitário, com um investimento de cerca 18 milhões de euros na descontaminação ambiental dos territórios.

Os investimentos destas últimas candidaturas, que estão em curso, foram direcionados para a remoção de 16 mil toneladas de lamas de zinco, 17,3 mil toneladas de pirites verdes e 51,5 toneladas de lamas de aciaria e pós de goela.

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