Farol do Bugio tenta resistir a "ventos e marés"

por Antena 1

Foto: Arlinda Brandão/Antena 1

Na foz do Tejo, entre o rio e o mar, o Farol do Bugio serve de guia às embarcações que entram e saem de Lisboa. É um ícone do Tejo e uma obra única de engenharia militar.

Há mais de 20 anos que não é alvo de obras de melhoramentos e os estragos são visíveis. A intensidade da corrente deixa rasto.

Entre 1997 e 2001, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, decorreram obras que permitiram a este local ficar mais robusto, através do enrocamento do forte, do restauro das cantarias de pedra, das alvenarias e das muralhas, tendo sido ainda construído um molhe circular e um novo cais de acostagem. A parte mais protegida das ondas e das tempestades é a única que ainda mantém a pedra original.

A Antena 1 tentou perceber qual em rigor é o estado em que está o Farol que foi construído a partir do Forte de São Lourenço do Bugio mandado edificar no século XVI para a defesa do litoral português em geral, e do porto de Lisboa, em particular. Mais tarde foi aqui instalado este que é um dos seis faróis mandados contruir pelo Marquês de Pombal.

A Direção Geral de Faróis remete informações para a Direção Geral do Património Cultural que por sua vez nos remete de volta para a Direção-Geral da Autoridade Marítima Nacional/Direção de Faróis.

Durante a visita quisemos apurar em concreto o estado em que se encontra nesta altura a Torre ou Farol do Bugio. A Direção Geral da Autoridade Marítima Nacional/Direção de Faróis não quis avançar informações detalhadas remetendo a Direção Geral do Património Cultural.

Na resposta à Antena 1 refere que o " bem classificado não se encontra afeto a esta Direção Geral do Património Cultural, estando sob a dependência do Ministério da Defesa Nacional, concretamente da Direção-Geral da Autoridade Marítima Nacional/Direção de Faróis.

Aguardamos, pois, mais esclarecimentos depois desta troca de responsabilidades.

O Farol do Bugio ergue-se entre o Tejo e o mar sobre uma restinga de areia chamada de "Cabeça Seca", à entrada da barra do Tejo e frente a Santo Amaro de Oeiras. Atualmente o Farol não recebe visitas, a não ser em condições excecionais.
É para lá que vamos, com a repórter Arlinda Brandão que já está na foz do Tejo, a bordo de uma embarcação da Autoridade Marítima Nacional que se dirige ao Farol do Bugio.

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