O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, expressou condolências à família do pintor Nikias Skapinakis, que morreu quarta-feira aos 89 anos, um "antifascista desde a juventude" e "um dos nomes maiores da pintura portuguesa" no século XX.
O pintor Nikias Skapinakis, que marcou mais de seis décadas da arte portuguesa contemporânea e fez o "Retrato dos Críticos", morreu em Lisboa, aos 89 anos, anunciou a Galeria Fernando Santos, que representa o artista.
Na nota enviada, Ferro Rodrigues considera que "da geração de Júlio Pomar, Sá Nogueira ou Fernando Lanhas, Nikias Skapinakis era um dos nomes maiores da pintura portuguesa da segunda metade do século XX, com uma obra caracterizada pelo universo contrastante de formas coloridas, de homens e mulheres às muitas paisagens que retratou durante a sua longa carreira".
Skapinakis era também um "antifascista desde a juventude, Nikias Skapinakis militou no MUD Juvenil, tendo sido candidato da Oposição Democrática nas eleições para a Assembleia Nacional, em 1957 e em 1961".
A obra de Nikias inclui a "pintura `Paisagem-Bandeira Portuguesa`, alusiva à Bandeira Nacional e integrada nas Comemorações do Centenário da República (2010), exposta no Parlamento", lembra Ferro Rodrigues.
De ascendência grega, Skapinakis nasceu em Lisboa, em 1931, frequentou o curso de Arquitetura, que abandonaria para se dedicar totalmente à pintura, que assumiu como "vocação, ofício e reflexão", como escreveu a historiadora de arte Raquel Henriques da Silva.
No passado mês de julho, a Galeria Fernando Santos, no Porto, inaugurou uma exposição de obras inéditas de Nikias Skapinakis, sobre o tema da paisagem, com o lançamento do livro "Nikias Skapinakis - paisagens (landscapes)", de Bernardo Pinto de Almeida, numa edição conjunta com a Documenta.