A detenção de um funcionário do Serviço de Informações de Segurança (SIS) relaciona-se com transmissão de informações, a troco de dinheiro, a um cidadão estrangeiro de um serviço estrangeiro de informações, informou hoje a Procuradoria-Geral da República.
Em comunicado, a PGR adianta que foram efetuadas buscas domiciliárias em Portugal e precisa que as detenções ocorreram durante o fim de semana, em Roma, Itália.
Depois de a PJ ter divulgado estarem em causa os crimes de corrupção, violação de segredo de Estado e espionagem, a PGR acrescenta haver também suspeitas do crime de branqueamento de capitais.
Durante a investigação, foram emitidos dois mandados de detenção europeus (MDE) e uma carta rogatória, com pedido de cumprimento antecipado de diligências de recolha de prova.
As detenções resultaram de uma estreita cooperação entre as autoridades portuguesas e italianas, sendo igualmente de salientar a intervenção da Eurojust. Os suspeitos foram apresentados às autoridades judiciárias italianas competentes, encontrando-se a aguardar extradição em prisão preventiva.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que, em causa, está a venda de informações a um cidadão russo ligado aos serviços de informações do seu país e que o oficial de informações do SIS é um dos funcionários mais antigos do serviço.
O SIS foi criado em 1985.
Nestas investigações, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária, que deslocou investigadores a Itália para coadjuvar o cumprimento da carta rogatória expedida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).