Governo volta atrás na candidatura da Agência Europeia do Medicamento

por RTP

O Governo decidiu este sábado reabrir a candidatura portuguesa à Agência Europeia do Medicamento para que possa ser contemplada uma candidatura da cidade do Porto. Um evento que tem causado grande polémica em Portugal nos últimos dias.

De acordo com o ministério da Saúde, o Governo opta por reabrir este processo de candidatura, explicando que o Porto, a par de Lisboa, "parece reunir condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus".

Em declarações à imprensa, Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara Municipal do Porto, explicou que sempre acreditou que os seus argumentos iriam fazer o Governo reconsiderar uma candidatura da cidade do Porto à Agência Europeia do Medicamento.

"Quando propus na Câmara Municipal do Porto a criação de um grupo de trabalho, foi colocado uma condição: que o Governo manifestasse abertura em rever a sua decisão. Essa condição está agora cumprida", disse Manuel Pizarro.

"É altura de arregarçarmos as mangas e de nos colocarmos ao trabalho para apresentarmos uma candidatura que seja vencedora para o Porto mas sobretudo para a região e para o país".

A escolha da cidade Lisboa para receber a Agência Europeu do Medicamento foi unânime no Parlamento até à altura em que estalou a polémica. A candidatura da capital tem recebido várias críticas de ínúmeros quadrantes. Assim sendo, o processo vai ser reaberto para que o Porto possa apresentar uma candidatura.
Críticas do Bastonário da Ordem dos Médicos
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, criticou este sábado a atuação portuguesa na candidatura à Agência Europeia do Medicamento, afirmando que Portugal estava perto de perder o organismo devido à polémica que estalou sobre o assunto e à inabilidade do Governo.

"Este debate público que está a acontecer é mau para Portugal. Acho que Portugal com isto já está a perder pontos e devido à inabilidade que o Governo teve nesta matéria acho que, infelizmente para todos, vamos perder a Agência Europeia do Medicamento, quando o interessante seria ficar em Portugal, o sítio era irrelevante", declarou Miguel Guimarães.

O representante dos médicos lembrou não ter exposto uma posição oficial devido às opiniões díspares de várias estruturas regionais.
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