É dia de atrasos nos aeroportos portugueses. A greve dos trabalhadores das empresas de segurança está a complicar a partida de milhares de passageiros. Para evitar constrangimentos, a ANA e a TAP estão a pedir aos passageiros que cheguem quatro horas antes do embarque.
A TAP reconhece que o impacto é significativo e pede aos passageiros que partem da capital que cheguem ao aeroporto com quatro horas de antecedência.
Os funcionários que estão em greve asseguram o controlo das bagagens de mão, o controlo dos passageiros e dos trabalhadores dos aeroportos.
Exigem um novo contrato coletivo de trabalho e a criação de uma carreira profissional.
O Secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, elogiou a coragem dos trabalhadores e lembra que são determinantes para a segurança de todos.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da segurança nos aeroportos afirmaram que a greve está a ter uma adesão de 80 por cento em Lisboa e é superior a 50 por cento, nos aeroportos de Faro e do Porto.
Recusa de escalas de trabalho
O dirigente sindical do STAD - Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpezas Domésticas e Atividades Diversas, Carlos Trindade, disse à RTP que os trabalahdores "exigem horários de trabalho humano e recusam as escalas de trabalho que estão a ser organizadas".
Os seguranças queixam-se do trabalho que não é pago em horas extraordinárias, aos trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que asseguram o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros.
Esta paralisação de 24 horas foi marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação das Empresas de Segurança (AES) para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho.
À Antena 1, Armando Costa, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação queixa-se da decisão do Governo em decretar serviços mínimos e já apresentou uma providência cautelar.
A entrada dos passageiros nos aeroportos pode tornar-se assim mais demorada.