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Gustavo Tato Borges diz que Direção-Geral da Saúde está "sem pé e sem rumo"

por Antena 1
A atual diretora-geral da Saúde anunciou que pretendia abandonar o cargo já no final de 2022. O concurso para a substituir ainda não foi aberto. Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública considera que a Direção-Geral da Saúde está "sem pé e sem rumo" e que a falta de liderança já começa a ter efeitos práticos. A demissão do subdiretor geral da Saúde, Rui Portugal, é mais um sinal da falta de rumo, aponta Gustavo Tato Borges.

Em declarações à agência Lusa, lembra que Rui Portugal tinha revelado publicamente a intenção de se candidatar ao cargo para substituir Graça Freitas. Ao "bater com a porta desta maneira mostra que a DGS está sem pé, está sem rumo".

Acusa o Governo de estar a "esvaziar" a instituição, tornando-a uma estrutura "quase obsoleta". A situação já está a ter efeitos práticos no dia a dia e é de resolução ainda mais urgente tendo em conta a realização da Jornada Mundial da Juventude.

"A DGS não está capacitada para trabalhar neste aspeto porque não tem recursos humanos", vinca Gustavo Tato Borges.
O responsável considera que é urgente resolver este problema e não compreende os atrasos em encontrar um substituto para Graça Freitas. Destaca que a espera para a abertura de um concurso já se arrasta há seis meses.

A atual diretora-geral da Saúde anunciou que pretendia abandonar o cargo já no final de 2022. Gustavo Tato Borges denuncia que várias atividades e funções do âmbito da DGS estão a ser "desviadas" para o Ministério da Saúde.
Gustavo Tato Borges lembra que, enquanto não for escolhido um novo diretor-geral da Saúde, a DGS pode fazer pouco. Neste momento, qualquer pessoa que esteja temporariamente no cargo está apenas em "gestão corrente", destaca.
Em declarações à agência Lusa, Gustavo Tato Borges admitiu candidatar-se. "Não digo que não me posso candidatar, é uma coisa que tem de ser avaliada com pés e cabeça", adiantou.

E acrescentou: "Não posso dizer que não àquela instituição que eu mais defendo neste momento em Portugal e que é alvo do maior ataque. A DGS precisa de ser protegida, precisa de ser fortalecida e se, de facto, eu puder ser um elemento que faz esse trabalho, assim farei. É algo que ainda não está decidido", afirmou Gustavo Tato Borges.
O ministro da Saúde garantiu esta quinta-feira que a atual diretora-geral da Saúde está em "plenas funções" e que o concurso vai abrir numa questão de dias.

"A instituição DGS está em pleno funcionamento", garantiu o governante, sublinhando também que "Graça Freitas está plenamente em funções".
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