Há famílias de refugiados em Miranda do Corvo sem água e luz por falta de pagamento

por Antena 1

Reuters

Três famílias de refugiados instaladas em Miranda do Corvo ficaram esta segunda-feira sem água e eletricidade em casa por terem deixado de pagar a renda.

Em declarações à agência Lusa, duas das famílias adiantam que não têm dinheiro para pagar a mensalidade exigida pela instituição que os trouxe para Portugal há cerca de ano e meio.

O presidente da Câmara de Miranda do Corvo diz que pouco ou nada pode fazer para ajudar as famílias sírias que ficaram sem água e sem luz, remetendo a solução para a Fundação que os acolheu.
O autarca espera que a Fundação Assistência Desenvolvimento e Formação Profissional, proprietária das casas, consiga resolver este problema.

Miguel Batista reconhece que este é um problema humanitário já que há crianças envolvidas.

Já o presidente da Fundação, Jaime Ramos, também em declarações à agência Lusa, explica que o programa de apoio terminou e que, segundo as regras, cada família deve autonomizar-se e passar a pagar renda de casa, água, eletricidade e as restantes despesas.

Jaime Ramos lembra que no caso de não terem trabalho, cabe à Segurança Social dar apoio a estas famílias.

Os refugiados sírios explicam que estão a receber cerca de 500 euros de apoio da Segurança Social e que não tem capacidade económica para pagar os cerca de 340 euros de renda, que a fundação exige por cada apartamento.
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