A avaliação preliminar dos destroços do helicóptero do INEM acidentado no sábado indica que a queda da aeronave aconteceu na sequência da colisão com uma antena emissora existente na zona. Esta apreciação é apresentada pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
O gabinete refere que "os trabalhos de investigação no terreno iniciaram-se na manhã de hoje [domingo], assim que foi possível aos investigadores aceder ao local".
"A recolha de evidências no local é demorada atendendo ao elevado grau de destruição da aeronave e exige o registo minucioso e subsequente recolha dos destroços para posteriores trabalhos de peritagem técnica em laboratório, decorrendo também em condições difíceis devido à localização e orografia na zona", refere o comunicado enviado às redações.
No entanto, e segundo a apreciação preliminar dos destroços pelo GPIAFF, a queda da aeronave aconteceu "na sequência da colisão com uma antena emissora existente na zona".
"Essa colisão pode ter tido origem em diversas causas possíveis, o que apenas após a reunião de toda a informação necessária e no decurso do aprofundamento do processo de investigação poderá ser devidamente esclarecido", acrescenta.
Segundo as informações recolhidas até ao momento pela GPIAAF, a aeronave "não estava equipada com dispositivo de registo de dados de voo, nem tal era um requisito, o que introduz na investigação do acidente um maior grau de incerteza e de morosidade".
O acidente de sábado com o helicóptero do INEM causou a morte dos quatro ocupantes. Seguiam a bordo dois pilotos, um médico e uma enfermeira, que tinham acabado de prestar um serviço de emergência, designadamente o transporte de uma doente cardíaca desde o Hospital de Bragança até ao Hospital do Porto.
A aeronave despenhou-se perto de Valongo quando os profissionais regressavam a Macedo de Cavaleiros, onde se localizava a base do aparelho.