O incêndio que deflagrou na tarde de quarta-feira em Revel, no concelho de Vila Real, passou a ter duas frentes ativas durante a manhã de sexta-feira. No entanto, estas duas frentes lavram numa zona que já queimada, pelo que o incêndio poderá ficar dominado ainda esta manhã.
Em declarações à RTP, Sérgio Favaios, presidente da Junta de Freguesia de Vreia de Jales, reconhece que a orografia deste local é "complicada para a intervenção dos meios terrestres". Neste incêndio, os meios aéreos têm sido decisivos no combate às chamas.
Depois de uma noite complicada de combate às chamas, as autoridades esperam que o incêndio possa ficar dominado nas próximas horas, isto porque as duas frentes ativas lavram agora numa zona que já foi anteriormente consumida pelas chamas.
O autarca de Vreia de Jales destaca que os últimos dias têm sido "muito quentes" naquela região e que a vegetação está "muito seca", ainda que esteja limpa e devidamente ordenada.
Sérgio Favaios esclarece que uma boa parte da área ardida neste incêndio inclui floresta com mais de 20 anos, desde pinheiros, castanheiros e lameiros de pasto. "Temos muita pena de ver a nossa floresta a desaparecer", acrescenta em declarações à RTP.
O fogo que deflagrou às 17h14 de quarta-feira em Revel, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mobilizava ao final da manhã 417 operacionais, com o apoio de 129 veículos e oito meios aéreos.
As chamas chegaram a estar próximas de algumas aldeias, mas acabou por não ser necessário evacuar nenhuma povoação. Na quarta-feira foi detido um suspeito de ter provocado o incêndio por uso negligente de uma máquina roçadora.
