Incêndios. Ministro da Economia prevê que apoios sejam semelhantes aos do ano passado
Proteção Civil explica dificuldades no combate aos incêndios
Trabalhos de rescaldo prosseguem em Arouca
Ponte da Barca. "Ardeu tudo" em Germil e auxílio foi "pouco eficaz"
Ponte da Barca. Força especial da Proteção Civil helitransportada para pontos críticos
Cabe-lhes fazer um combate direto em locais de muito difícil acesso para bombeiros e veículos.
É, por isso, um trabalho decisivo para o combate àquele que foi, até agora, o maior e mais longo incêndio deste verão.
Ponte da Barca com uma frente a arder com "grande intensidade" mas sem casas em risco
Ainda assim, segundo o comandante José Miranda, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, nestes três palcos de operações estão envolvidos um total de 1148 operacionais e 401 veículos.
Em Arouca, o fogo já "está dominado", mas ainda mobiliza 413 operacionais e 151 viaturas.
Quanto a Vila Verde disse que, das três frentes de incêndio inicialmente ativas, duas já estão extintas, e apenas uma está ativa, mas com "bom prognóstico" para esta noite, esperando-se "o domínio deste setor" do fogo.
Já o incêndio de Ponte da Barca continua com "uma frente ativa a arder com grande intensidade", adiantou o responsável da Proteção Civil, acrescentando que se trata de uma zona de difíceis acessos.
"Neste momento há algumas infraestruturas, como armazéns" próximos, "mas habitações não", garantiu. Porém, é o único fogo que continua a ser "preocupante", admitiu.
Por isso, estão envolvidos no combate a este incêndio de grande dimensão, que começou no passado domingo em Ponte da Barca e chegou esta semana ao concelho de Terras do Bouro, 630 operacionais e 34 veículos, adiantou o comandante.
Assegurando que o trabalho feito pelo grupo de operacionais que foram colocados na quinta-feira por via aérea em zonas inacessíveis por terra neste fogo "foi muito eficaz", mas o trabalho de combate é "muito difícil".
Para esta noite, não está previsto nenhum reforço de meios em nenhum destes incêndios, pela Proteção Civil, referiu.
País enfrenta nova onda de calor a partir de domingo
Área ardida este ano aproxima-se dos 30 mil hectares
Governo quer celeridade na ajuda por quem foi afetado pelos incêndios
Habitantes fazem contas aos danos deixados pelo fogo
Brigadas helitransportadas foram decisivas em Ponte da Barca
Incêndio de Penafiel e Gondomar já foi dominado
Polícia deteve dois homens por suspeita de fogo posto
Proteção Civil destaca diminuição "significativa" de ocorrências mas alerta para calor nos próximos dias
Foto: Diogo Baptista - Lusa
Em concreto sobre as várias situações no terreno, Mário Silvestre frisou que continuam os trabalhos em três incêndios de maior dimensão: Lindoso, Vila Verde e Moimenta da Beira.
De momento, a situação que mais preocupa é mesmo a do Lindoso, em Ponte da Barca. Ainda que a situação tenha melhorado, prevê-se que a presença de operacionais para a consolidação continue por pelo menos mais uma semana, dado que se trata de um trabalho mais "complexo".
Também em Arouca, que continua com empenhamento operacional "bastante expressivo", mantêm-se operações de consolidação e rescaldo.
Nas últimas horas há a registar três bombeiros feridos. Estão em resolução 53 ocorrências, combatidas por 1443 operacionais um pouco por todo o país.
Questionado sobre os bombeiros vindos da Letónia para combater incêndios em Portugal, o comandante da Proteção Civil esclareceu que estes já estão mobilizados para Portugal há muito tempo e não foram deslocados ao abrigo do mecanismo europeu.
Letónia já enviou 20 bombeiros para ajudar nos fogos em Portugal
Foto: Rodrigo Lobo - RTP
Após os incêndios, ajuda à alimentação dos animais deve ser "imediata"
Governo tem "disponibilidade financeira" para pagar prejuízos
Castro Almeida assumiu que os apoios podem não chegar quando há ausência de seguros e remeteu respostas mais concretas para a próxima semana, mas garantiu que há, da parte do Governo, "disponibilidade financeira para pagar" os prejuízos.
Antes da visita a uma empresa que faz mobiliário de cozinha em Castelo de Paiva, o ministro vincou que espera uma ajuda rápida a quem foi afetado pelos incêndios, sobretudo no caso dos agricultores, em que a avaliação é feita no local e não são necessários documentos.
Nos casos em que é necessário fazer prova do seguro ou prova dos prejuízos, a ajuda deverá ser mais morosa.
Bombeiros esperam ter incêndio de Vila Verde dominado nas próximas horas
Foto: Jorge Esteves - RTP
Mais de 2.600 operacionais e 23 meios aéreos no terreno
Homem suspeito de lançar fogo detido em Oliveira do Hospital
O incêndio florestal, que deflagrou em Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, "teve origem através de chama direta com recurso a fósforos".
Governo garante apoios rápidos a agricultores
O governante não avança, para já, com o valor que vai ser destinado a estes apoios.
“Vamos tomar conta da situação, ver qual a natureza dos prejuízos e para a semana o governo vai avaliar a situação e definir os termos do apoio”, afirmou em declarações aos jornalistas em Arouca.
Reserva natural de Cinfães afetada pelas chamas
"Felizmente, e é a nossa prioridade, não houve vítimas a registar, nem habitações ardidas, mas em termos de área ambiental os danos são enormes, apesar de ainda não ser possível contabilizar", afirmou Carlos Cardoso.
Segundo disse à agência Lusa, o incêndio de Arouca chegou a Cinfães na terça-feira, pelo lado de Nespereira, e "afetou uma grande parte dessa freguesia e atingiu ainda outras, a freguesia de Fornelos e de Travanca".
Este incêndio, acrescentou, "colocou em risco a localidade de Arrujo, na freguesia de Fornelos, e as pessoas foram levadas para o centro comunitário de Fornelos, onde estiveram dois dias e duas noites cerca de 10 cidadãos"
"No que diz respeito à área protegida, atingiu o Vale do Paiva e a Rede Natura 2000. No Vale do Paiva os passadiços arderam e a Rede Natura 2000 foi bastante afetada, mais em Arouca, mas do lado de Cinfães também", adiantou.
A Rede Natura 2000 tem no Município de Cinfães 626 hectares (ha), "não ardeu tudo, mas foi bastante afetado" e depois há nos concelhos de Arouca (3.412 ha) e de Castelo de Paiva (712 ha), "todos afetados nesta reserva natural europeia", acrescentou Carlos Cardoso.
Ambientalistas defendem combate adaptado a áreas protegidas como a Peneda-Gerês
"Numa área protegida não podemos estar limitados a assistir ao fogo a avançar e a esperar cá em baixo, porque quando a serra toda arder a situação está resolvida. Temos de ter um plano para cada área protegida. Analisar as mais suscetíveis e ter planos específicos para atuar", disse à Lusa Paulo Lucas, da associação ambientalista Zero.
O responsável notou que o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) é "o único parque nacional" do país e acolhe um "mosaico de 'habitats', com diferentes espécies que têm de ser preservadas" e "valores naturais importantíssimos".
"O que me parece aqui é que a estratégia de combate ao fogo não tem sido a correta. Temos de olhar para as áreas protegidas e pensar se temos planos de ação específicos para fazer a gestão dos incêndios rurais nessas áreas, que são as nossas joias da coroa", sustentou.
Para Paulo Lucas, "a estratégia de combate ao fogo tem de ser com outra abordagem e outro tipo de meios, com equipas especializadas que cheguem ao terreno mais próximas do fogo".
"Provavelmente vamos ter que, perante estes fogos em áreas protegidas, ter planos operacionais dirigidos a cada uma das áreas, analisar o que está a acontecer e depois pensar como vamos combater os fogos quando eles ocorrem, porque a prioridade é sempre prevenir", defendeu.
O ambientalista sublinha que o país tem essas equipas especializadas, "treinadas para trabalhos quase de minucia para proteger os habitats".
"Temos de saber se os sapadores florestais não estão a ajudar nestas situações. O que sabemos é que essas equipas não chegam ao terreno porque os meios aéreos disponíveis não estão preparados para levar essas equipas ao terreno, apenas estão preparados para levar água", observou.
"Nas áreas protegidas tem de haver tratamento especial porque elas são especiais. Se calhar, tem de haver meios aéreos alocados em zonas estratégicas e planos para combater os fogos nessas áreas", afirmou, acrescentando: "Se estamos a fazer as mesmas coisas que fazemos nas outras áreas, não sei se é a melhor estratégia".
Paulo Lucas questiona sobre as "lições aprendidas pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais" e espera que do fogo que lavra há quase uma semana em Ponte da Barca, no parque da Peneda-Gerês, saia um "relatório para saber o que aconteceu", como aconteceu após o incêndio de 2022 na serra da Estrela.
"Na serra da Estrela houve um relatório. Vai haver também um relatório relativamente ao Gerês? Porque é que o fogo alastrou tanto? Tem de haver um relatório, temos de saber o que aconteceu, para depois aprendermos", indicou.
O PNPG abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), Viana do Castelo (concelho de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e Vila Real (concelho de Montalegre), numa área total de cerca de 70.290 hectares.
Meios são suficientes mas não podem "estar em todo o lado ao mesmo tempo"
Em declarações à agência Lusa, o governante disse compreender que os autarcas que lidam incêndios nos seus territórios "gostariam de ter todos os meios do país alocados ao seu concelho", o que "é humano e percetível".
No entanto, "a dimensão, o número e os focos de incêndios que há não permitem que, nomeadamente os meios aéreos, possam estar em todo o lado ao mesmo tempo", salientou.
Paulo Simões Ribeiro, que falava à margem das comemorações dos 150 anos do Comando Distrital de Évora da PSP, lembrou que é o secretário de Estado da Proteção Civil que tutela a área dos incêndios, mas aceitou falar do assunto.
O dispositivo tem "os meios aéreos adequados, suficientes e têm feito um grande trabalho, mas nem sempre se consegue acorrer a tudo, porque, além da orografia, temos que pensar nas questões do vento, do fumo e tudo o que está associado", frisou.
O secretário de Estado reiterou que este dispositivo "é muito robusto e o maior de sempre" e agradeceu aos bombeiros e aos profissionais da Proteção Civil e das Forças de Segurança pelo trabalho que têm tido no terreno.
"As pessoas têm de ter confiança em quem está a dar tudo por tudo para mitigar e minorar os efeitos destes incêndios", frisou.
O governante alertou ainda que o país vai ter de se habituar à ocorrência de fogo "por força das altas temperaturas, das alterações climáticas, mas também por alguma negligência e atividade criminosa".
"O Estado está a dar a resposta possível, adequada e necessária para proteger os nossos cidadãos, que é a principal razão da nossa atividade", acrescentou.
Calor aperta. Aviso laranja a partir do próximo domingo em quase todo o país
Foto: Miguel Soares - Antena 1
Incêndio em Arouca. Floresta e Turismo são os setores mais afetados
Foto: Estela Silva - Lusa
Fogo em Cinfães. Incêndio está em fase de resolução
Foto: José Pinto Dias - RTP
Penafiel. Chamas chegaram à Serra da Boneca
Chamas em Arouca destruíram várias infraestruturas
Incêndio em Cinfães está em fase de resolução
Incêndio em Penafiel dado como dominado
Filipe Almeida, comandante dos bombeiros de Entre-os-Rios, explicou à RTP que os meios estão "dispostos no terreno para evitar reacendimentos".
Ponte da Barca. Sessenta pessoas retiradas de casa durante a noite
Foto: Núria Melo - RTP
Confederação pede apoios "sem demoras" para os agricultores
Em comunicado, o organismo lamenta "todas as perdas sofridas, de bens, potencial produtivo, biodiversidade", e endereça "uma palavra de conforto" a todos os que ficaram "sem o que tanto lhes custou a alcançar durante toda uma vida de trabalho".
A CNA refere a necessidade de "garantir, sem demoras, de forma desburocratizada e eficaz, apoios financeiros para ressarcir os pequenos e médios agricultores e produtores florestais afetados, e ajudas à alimentação dos animais no caso da destruição de pastagens e outras".
"Este é, sobretudo, o tempo do combate às chamas no terreno. Contudo, e para que as populações não sejam ainda mais penalizadas, o Governo deve mobilizar de forma célere os meios necessários para o apuramento dos prejuízos sofridos e da perda do potencial produtivo", apela.
A CNA espera que, em colaboração com os produtores florestais, o Governo PSD/CDS-PP promova a criação de parques de receção e comercialização das madeiras salvas dos incêndios, "com preços mínimos, por forma a conseguir algum rendimento aos pequenos e médios produtores afetados, para limpar as matas e proteger o ambiente e recursos como a água e os solos".
Além das medidas mais imediatas para minimizar os "nefastos efeitos dos incêndios que ciclicamente" assolam o país, é referida a necessidade de se "ir muito além de planos e anúncios de sucessivos Governos".
"Há que implementar no terreno as medidas necessárias à boa gestão florestal, a começar pelo combate aos baixos preços impostos à produção florestal, que são a grande razão para o estado atual de muitos milhares de hectares", pode ler-se na nota.
A CNA lembra ainda já ter denunciado que "a brutal dimensão destes incêndios vem confirmar a gravidade do erro que constitui a redução drástica (-44%) de apoios à floresta no âmbito da terceira reprogramação do Plano Estratégico da PAC (PEPAC) para 2023-2027, decidida pelo Governo e pelo ministro da Agricultura contra a opinião de todos os agentes do setor".
O executivo, recorda, decidiu "o preocupante corte (-38%) nas verbas destinadas à agricultura e à floresta que constam da proposta da Comissão Europeia para o Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034".
Desde segunda-feira, muitos incêndios rurais têm afetado o continente português, em especial as regiões Norte, Centro e Alentejo. As chamas obrigaram à evacuação de aldeias.
Entre bombeiros e civis, várias pessoas foram assistidas, sem registo de feridos graves. Não há também indicação de habitações destruídas, mas arderam áreas florestais, agrícolas e pecuárias, bem como anexos e similares.
Num balanço feito à Lusa cerca das 07:30 de hoje, Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), referiu que os incêndios mais significativos da manhã eram em Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo) e em Penafiel (Porto), estando dominados ou em rescaldo os fogos de Arouca (Aveiro) e Paredes (Porto).
Os incêndios em Penafiel e Ponte da Barca tinham então, cada um, duas frentes ativas que obrigaram os bombeiros a proteger habitações.
De acordo com a ANEPC, o fogo de Ponte da Barca, que lavra desde sábado, mobilizava 639 operacionais apoiados por 216 meios terrestres e três meios aéreos às 12:40.
Quanto ao incêndio de Penafiel, tinha à mesma hora no terreno 207 elementos das forças de segurança e socorro, 62 viaturas e dois meios aéreos, encontrando-se já em resolução.
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O incêndio ocorreu na madrugada do passado dia 3 de julho de 2025, cerca das 00h30, consumindo área de mancha florestal, constituída, maioritariamente, por mato e pinheiro bravo.
Esteve em perigo uma vasta mancha florestal assim como alguns prédios urbanos, de valor consideravelmente elevado, que apenas não foram consumidos devido à rápida deteção e subsequente intervenção dos meios de combate, nomeadamente de populares e dos bombeiros.
“O detido, com 53 anos, vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.
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Ao início da tarde de sexta-feira, havia mais de uma dezena de operacionais a descansar.
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Homem de 57 anos detido por incêndio florestal em Ponte da Barca
Segundo uma nota enviada às redações, “nos dias 19 e 29 de junho, foram detetadas ignições que resultaram em incêndios florestais na freguesia de Vila Chã (Santiago), junto a caminhos florestais de difícil acesso e já algo afastados do aglomerado habitacional.
“Segundo algumas testemunhas, foi possível referenciar-se a presença e trânsito de um motociclo que ali circulava e em cujos locais de passagem foram imediatamente detetados focos de incêndio que evoluíram para a mancha florestal”.
Face à informação recolhida, foi possível identificar o condutor, tendo sido encetadas diligências que culminaram com a recolha de prova consistente que atesta a presumível autoria dos factos.
Os três locais onde os incêndios foram ateados situam-se em zonas com condições de propagação a manchas florestais extensas, gerando risco acentuado para toda a floresta, onde pontuam aglomerados habitacionais.
Os incêndios foram extintos pelos bombeiros e por populares, que precocemente os detetaram, impedindo a sua propagação.
Incêndio em Ponte da Barca está estabilizado
"O nosso primeiro objetivo estratégico da operação é evitar mortes, feridos graves. Segundo objetivo é evitar perdas patrimoniais, sobretudo casas de primeira habitação, e o terceiro objetivo (é) não permitir que o incêndio entre na mata do Cabril. Todos os objetivos foram atingidos com sucesso", afirmou Marco Domingues.
O responsável no teatro de operações alertou para a necessidade de "não baixar a guarda", por se tratar de "um incêndio com elevado grau de imprevisibilidade" que já consumiu "mais de sete mil hectares".
"Os objetivos estão atingidos, mas não invalida que alguma coisa corra menos bem e tenhamos um problema mais sério. A operação ainda não acabou. Temos mais alguns dias de trabalho pela frente, mas não será trabalho de combate direto, mas sim de rescaldo e de consolidação", advertiu.
Marco Domingues adiantou que o "fumo está muito baixo, o que dificulta a intervenção dos meios aéreos por falta de visibilidade", mas por outro lado impede que haja "corrente atmosférica eruptiva que alimente o fogo".
Durante a noite as aldeias que foram ameaçadas pelas chamas foram evacuadas.
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A linha de fogo chegou a ter 12 quilómetros.
Fogos em Penafiel e Ponte da Barca com duas frentes ativas
Num balanço feito à Lusa cerca das 07:30, Pedro Araújo referiu que os incêndios mais significativos da manhã de hoje eram em Ponte da Barca (Viana do Castelo) e em Penafiel (Porto), estando dominados ou em rescaldo os fogos de Arouca (Aveiro) e Paredes (Porto).
Sobre a situação em Ponte da Barca, aquela fonte explicou que o fogo tinha duas frentes ativas em zona florestal e de mato, mas os bombeiros estavam a fazer "defesas perimétricas" para proteger as povoações de Paradela e Sobredo.
Uma das frentes de fogo segue na direção daquelas duas localidades, mas não estão em perigo, disse.
De acordo com a ANEPC, este incêndio, que arde desde domingo, mobilizava, às 07:30, 658 operacionais apoiados por 227 meios terrestres.
Quanto ao incêndio de Penafiel, também se mantém duas frentes ativas, "uma delas junto a habitações, mas nenhuma delas corre risco imediato". No terreno estavam 230 operacionais e 67 veículos.
No total dos incêndios registados no continente, a ANEPC totalizava hoje 2.589 operacionais no combate às chamas, apoiados por 949 veículos e um meio aéreo, "que está a fazer a monitorização dos incêndios noturnos e diurnos, nomeadamente recolha de imagens com câmara térmica para ajudar a definir estratégias".
Na quinta-feira, o combate aos incêndios provocou cerca de 30 feridos ligeiros, a maioria elementos da Proteção Civil, com situações de intoxicações, entorses e quedas com escoriações, disse a mesma fonte.
Em Ponte da Barca, foram assistidos, no local ou no hospital, 21 pessoas, entre as quais dois civis. Em Arouca registaram-se oito feridos ligeiros, todos da Proteção Civil, e em Penafiel três bombeiros foram transportados para o hospital.
Força Aérea reforçou o apoio aéreo no combate aos incêndios
Segundo uma nota enviada às redações, “nas primeiras oito horas de missão, concretizadas esta quarta-feira, foram detetados e identificados nove focos de incêndio em Ermelo, Gandra e Santa Comba Dão, que foram imediatamente reportados à ANEPC”.
“Estas missões de vigilância têm como objetivo monitorizar as áreas mais vulneráveis a incêndios rurais, visando a identificação precoce de focos de incêndio e suas causas, permitindo encaminhar meios de combate para o terreno. Paralelamente, a vigilância aérea permite ainda detetar comportamentos de risco ou intencionais. Sempre que detetada uma conduta suspeita, procede-se ao seguimento e reporte e à comunicação imediata às autoridades competentes, garantindo a intervenção adequada, enquanto se promove igualmente um efeito dissuasor”, acrescenta a nota.
O P-3C CUP+ é um avião multimotor, que pode ser usado para recolha de informações, com capacidade de imagem noturna e seguimento de alvos, com recurso a infravermelhos, e com elevada autonomia, capaz de voar de dia ou de noite, durante mais de 13 horas consecutivas, esclareceu a Força Aérea.
Crime de fogo posto. Mudanças no perfil dos detidos
Foto: Cristiano Costa - RTP
Em 2024, a Judiciária deteve 53 pessoas por fogo posto. Desde o início deste ano - em sete meses - foram mais de 30.
Avelino Lima fala de uma investigação complexa. O também diretor da Polícia Judiciária do Centro apela à colaboração atenta de todos os cidadãos.
Incêndio em Arouca em fase de resolução
Entrou na manhã desta sexta-feira em fase de resolução.
No terreno, permanecem mais de 430 operacionais, com o apoio de 159 viaturas para evitar reacendimentos.
O fogo provocou danos numa casa devoluta, alguns anexos agrícolas e pequenos danos em duas habitações, tendo ainda destruído parte dos Passadiços do Paiva, uma das principais fontes de receita para a economia local de Arouca.
As chamas voltaram a aproximar-se de aldeias. E durante a noite 60 pessoas tiveram de ser retiradas de casa por precaução
No terreno estão cerca de 620 bombeiros apoiados por 214 viaturas
Em relação ao fogo que começou no concelho de Penafiel e alastrou a Gondomar está a ser combatido por 236 bombeiros e cerca de 70 viaturas.
Interior norte e centro em perigo máximo de incêndio rural
Esta previsão estende-se também ao sul do país, a seis concelhos do distrito de Faro: Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.
Na região norte, o IPMA prevê perigo máximo de incêndio rural para todo o distrito da Guarda e para quase todo o distrito de Bragança, exceto Vinhais e Carrazeda de Ansiães.
Trofa, Gondomar e Valongo são os concelhos do Porto que também estão perigo máximo de incêndio rural.
A previsão abrange ainda alguns concelhos mais interiores de Viseu, Leiria, Coimbra, Santarém. Na região centro, Castelo Branco está também abrangido por esta previsão, exceto no concelho de Idanha-a-Nova.
Na área metropolitana de Lisboa, apenas o concelho de Loures está com uma previsão de perigo muito elevado, os restantes estão em perigo elevado a moderado.
O IPMA prevê para hoje céu geralmente limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade no interior durante a tarde.
É esperada ainda uma descida da temperatura no litoral, sendo que os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa e Faro são os únicos de fora do aviso meteorológico amarelo de tempo quente para o continente.
As temperaturas máximas previstas para hoje vão variar entre os 27 graus de Sagres e Sines e os 38 em Castelo Branco e 39 em Évora.
O IPMA alertou na quinta-feira para o "episódio de tempo quente", previsto para entre hoje e quarta-feira em Portugal continental, que deverá ser "consideravelmente severo" pela duração e temperaturas máximas previstas, entre 36 e 44 graus Celsius.
Face a estas previsões, o IPMA já colocou todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, sob aviso laranja entre as 09:00 e as 18:00 de domingo, devido à "persistência de valores muito elevados de temperatura máxima".
Incêndio de Ponte da Barca permanece fora de controlo
- Ao início da manhã desta sexta-feira, o incêndio de Ponte da Barca continuava fora de controlo e a destruir o Parque Natural da Peneda-Gerês. As chamas voltaram a aproximar-se de aldeias e, durante a noite, 60 pessoas foram retiradas das suas casas por precaução;
- No terreno, para o combate às chamas em Ponte da Barca, estão perto de 620 bombeiros, apoiados por 215 viaturas. O comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, admite que o combate a este incêndio é complexo.;
- O incêndio de Arouca tem ainda uma frente ativa em zona de difícil acesso e já próxima de casas. No terreno estão 441 operacionais e 166 veiculos;
- O incêndio que deflagrou no concelho de Penafiel e alastrou a Gondomar está a ser combatido por 231 bombeiros e cerca de 60 viaturas;
- Um carro dos Bombeiros de Cinfães envolvido no combate ao incêndio de Arouca capotou na quinta-feira. Num outro teatro de operações, um avião que combatia o fogo em Gondomar fez uma amaragem de emergência no Rio Douro;
- O primeiro-ministro, Luís Montenegro, veio apelar à serenidade, afirmando que o dispositivo mobilizado este ano é o maior de sempre;
- Boa parte dos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco, no interior centro do país, estão esta sexta-feira em perigo máximo de incêndio, de acorco com os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O quadro alarga-se aos concelhos de Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, no sul;
- Na região norte, o IPMA prevê perigo máximo de incêndio para todo o distrito da Guarda e a quase totalidade do distrito de Bragança, com a exceção de Vinhais e Carrazeda de Ansiães. Trofa, Gondomar e Valongo são os concelhos do Porto igualmente em perigo máximo;
- A previsão abarca alguns concelhos mais interiores de Viseu, Leiria, Coimbra, e Santarém. No centro, Castelo Branco está em igual situação, com a exceção de Idanha-a-Nova;
- Na Área Metropolitana de Lisboa, só o concelho de Loures está em perigo muito elevado. Os demais estão em perigo elevado a moderado;
- O fim de semana que se avizinha vai ser de muito calor. No sábado, as temperaturas em alguns concelhos podem mesmo superar os 40 graus. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê que as temperaturas máximas se mantenham elevadas até ao final da próxima semana, sobretudo no interior. Todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, estão sob aviso laranja até às 18h00 de domingo face à "persistência de valores muito elevados de temperatura máxima".
"Nunca vi nada assim". Autarca de Ponte da Barca alerta para instabilidade do incêndio
Foto: Hugo Delgado - Lusa
"Este incêndio é muito instável. Eu nunca vi nada assim", acrescentou Augusto Marinho.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Vilã Chã de S. João contou que os habitantes e operacionais foram apanhados de surpresa pela velocidade com que as chamas avançaram para a aldeia.
"Momento bastante crítico". Autarca de Sebolido denuncia falta de meios e apela por ajuda
Avião que combatia incêndio em Gondomar fez amaragem de emergência
Brigadas helitransportadas vão avançar em Ponte da Barca
Incêndios. Montenegro garante existência de meios suficientes mas frisa que gestão é difícil
Foto: Filipe Amorim - Lusa
"Nós não temos capacidade ilimitada. Nós temos operacionais que precisam de descansar, de se movimentar no terreno, e temos também meios aéreos que respondem às necessidades que o sistema e todo o dispositivo necessita, mas que em horas de crise têm uma dificuldade de gestão maior", declarou.
"Não vale a pena, por estes dias, estarmos concentrados em polemizar, quando temos de estar concentrados em combater e responder à prioridade máxima: fazer com que sejamos capazes de proteger as pessoas, as suas vidas, e depois o seu património", acrescentou o chefe de Governo.
Luís Montenegro realçou ainda que "temos este ano o maior dispositivo de sempre mobilizado e preparado para poder acorrer às múltiplas solicitações que, infelizmente, nos dias de maior adversidade meteorológica sempre acontecem".
"Nós temos tido uma política de prevenção cada vez mais intensa, multidisciplinar", salientou, pedindo "serenidade".