Incêndios. "Precisamos de pessoas e instituições mais capacitadas"

por RTP
Lusa

O presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais já leu o relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de outubro do ano passado. Tiago Oliveira diz que o documento reforça o alinhamento daquilo que deve ser um modelo futuro e que está em apreciação pelo Governo. Ainda assim, o responsável recorda que é necessário haver pessoas mais preparadas para uma ameaça que é real.

“Precisamos de pessoas e instituições mais capacitadas, nomeadamente, bombeiros, GNR, florestais, cidadãos. Todos eles mais preparados para a ameaça que é real, que nos confronta e nos estimula para fazer um melhor trabalho”, alertou esta quarta-feira o Presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

Tiago Oliveira referiu aos jornalistas que já leu o relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de outubro do ano passado. Diz que haverá contributos para a melhoria quanto ao cumprimento da lei sobre as faixas de limpeza da floresta nos perímetros industriais.

“A nossa mensagem é de acolher e analisar as propostas que aqui estão a ser feitas” e saudou a “diretiva única e os dez princípios orientadores: transparência; organização para os resultados, a subsidiariedade; a flexibilidade operacional; o duplo empenhamento das forças; a afetação racional dos recursos; a capacitação dos agentes; a avaliação; a progressividade do processo de transição que iniciámos a partir do dia 21 de outubro e o respeito pela memória”.
Ajuda de peritos nacionais e internacionais
O Presidente da Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais explicou ainda que estão a apoiar o Governo “no planeamento e na execução deste ano”.

E acrescenta que vão trazer peritos nacionais e internacionais para ajudar à operação, quer no âmbito da formação quer na gestão do dispositivo, nomeadamente, “no pré-aviso, nos alertas e no envolvimento das forças no terreno, ajustando o dispositivo à realidade do território”.

O responsável pela unidade missão para a gestão dos fogos defendeu ainda que o dispositivo de combate a incêndios no próximo verão tem de ser flexível, deixar de ser regido por fases e ter capacidade permanente para combate inicial.

Tiago Oliveira explicou também que a populações e os turistas têm de estar preparados para agir "para que, quando um incêndio exista, saibam o que fazer e estejam mais capacitados para reagir".
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