INEM alvo de buscas por suspeitas de irregularidades com ambulâncias e horários

por RTP
Nuno Patrício - RTP

Foram desencadeadas esta terça-feira buscas em instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro. Em causa estão suspeitas de irregularidades nas deslocações de ambulâncias e nos horários dos técnicos nos Recursos Humanos.

A Polícia Judiciária está a cargo desta investigação, segundo apurou a RTP, com buscas em diversas instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Em comunicado, o INEM informa que "estão a decorrer diligências por parte do DIAP de Lisboa nas instalações do INEM a nível nacional, no âmbito de denúncias anónimas relacionadas com matérias de recursos humanos e contratação pública".

A instituição adianta ainda que "nenhum profissional" foi "constituído arguido" e que o INEM está a "colaborar com as Autoridades, disponibilizando toda a documentação solicitada para que, com tranquilidade, possa ser analisada".

Segundo fonte policial, a investigação da PJ está a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e abrange igualmente irregularidades relacionadas com a gestão de viaturas do INEM. Lisboa, Porto e Coimbra são alguns dos locais do INEM que estão a ser alvo de busca.

De acordo com o Correio da Manhã, as investigações "estão a ser direcionadas para as deslocações das ambulâncias, os trabalhos executados pelos funcionários, os horários e as presenças".

Fonte da PJ admitiu que as autoridades estão a desenvolver "diligências para a recolha de documentação em várias instalações do INEM".

Entretanto, o Sindicato dos Técnicos de Ambulância disse ter conhecimento de alegadas irregularidades, como trabalhadores que deveriam estar a trabalhar presencialmente e não estariam. São informações de Rui Lázaro, presidente do sindicato.
A RTP sabe que o objetivo destas buscas "é encontrar documentação e conseguir recolher material provatório" que consolidem as suspeitas provenientes da denúncia anónima, que chegou ao Ministério Público e à PJ. Em causa estão contratos entre o INEM e várias empresas.

Há ainda suspeitas de "abuso de poder" mas a investigação ainda está em "fase preliminar".



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