Já há arguidos em Pedrógão Grande

por RTP

Os suspeitos são quatro requerentes de apoios para a reconstrução de casas. O presidente da Câmara de Pedrógão decidiu sair do fundo de gestão dos donativos alegando querer dar mais liberdade à investigação do caso.

O processo envolve suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, burla qualificada e falsificação de documento.

O aviso já tinha sido feito pela Procuradora-Geral: prioridade total para o processo da reconstrução das casas atingidas pelos incêndios de Pedrógão Grande.

No dia em que se completam dois meses do inquérito, os primeiros arguidos do caso são pessoas que terão alegadamente alterado a morada fiscal para darem como 1ª habitação imóveis destruídos pelas chamas em Junho do ano passado e para assim terem direito aos donativos.

Depois das buscas à Câmara de Pedrógão Grande no dia 13, o presidente da autarquia decidiu sair do Conselho de Gestão do fundo Revita e substituir o representante do Município na Comissão Técnica. Valdemar Alves diz que a decisão é a bem das investigações.

A revista Visão avança entretanto que o gabinete para a reconstrução em Pedrógão foi criado de forma irregular. A revista diz mesmo que Valdemar Alves nomeou o próprio filho para chefiar o gabinete que validava as obras no concelho.

O presidente da autarquia tem sempre dito que não acredita que tenha sido desviado dinheiro de reconstruções prioritárias para segundas habitações. Mas há suspeitas em pelo menos 21 casos: "Em investigação estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, participação económica em negócio, burla qualificada e falsificação de documento."

O inquérito está a ser conduzido pelo DIAP de Coimbra com a colaboração da PJ.
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