"Jogadores russos limpos de doping devem competir", diz presidente da ADoP

por Antena 1

Foto: Reuters

A Russia foi excluída de jogos olímpicos e mundiais por quatro anos. Em causa questões de doping levadas a cabo com o apoio estatal tornadas públicas há cerca de seis anos. Uma decisão ouvavel para Manuel Brito, presidente da ADoP, mas que não deve prejudicar os atletas limpos.

Apesar do castigo da Agência Mundial Antidopagem esta entidade prevê a possibilidade dos atletas competirem sob bandeira neutra.

Manuel Brito, presidente da ADoP - Autoridade Antidopagem de Portugal - afirma que este castigo é injusto para os atletas que não foram acusados de dopagem e estes devem poder participar.

Também Vicente de Moura, que durante duas décadas esteve à frente do Comité Olímpico Português, este anúncio é um ato de coragem por parte da agência mundial anti-dopagem, em avançar com esta medida de exclusão à Rússia.

Para Vicente de Moura afirma os maiores prejudicados em todo este processo são mesmo os atletas russos.

Entretanto já há reações por parte do presidente da Agência russa antidopagem, Iouri Ganous, que considerou esta segunda-feira que o país não tem "nenhuma hipótese" de ganhar, caso venha a recorrer da exclusão por quatro anos dos Jogos Olímpicos.

"Não há nenhuma hipótese de ganhar diante de um tribunal", considerou Ganous, em declarações à agência AFP e em relação a um possível recurso da decisão da Agência Mundial Antidopagem para o Tribunal Arbitral do Desporto.

O responsável da agência russa disse ainda que a exclusão hoje conhecida é uma "tragédia" para os desportistas honestos.
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