Jovens acreditam no futuro da Europa, mas defendem aproximação aos cidadãos

por Lusa

Idanha-a-Nova, Castelo Branco, 30 ago (Lusa) - Hugo Paz, que estuda química aplicada, integra o grupo de 40 jovens estudantes que participam no Summer CEmp e diz acreditar que o futuro de Portugal passa pela Europa, embora seja exigida uma maior aproximação das instituições aos cidadãos.

"Acredito que o futuro do país passa pela Europa, mas é preciso uma melhor comunicação entre a Europa e os cidadãos", disse à agência Lusa.

Este jovem de Torres Novas, estuda química aplicada na faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e é um dos 40 estudantes universitários que participam no programa Summer CEmp, que decorre na aldeia histórica de Monsanto, em Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, uma iniciativa da representação da Comissão Europeia em Portugal.

"Esta ideia do Summer CEmp é excelente e estou grato em ter sido um dos selecionados para o integrar. Acredito que o futuro do país passa pela Europa, mas faz falta maior proximidade da Europa em relação aos cidadãos", explica.

O jovem de 20 anos diz que há ainda muita gente que não tem informação suficiente sobre a Europa e os assuntos europeus e fala no desinteresse da sua geração em relação à política.

"Os jovens não estão muito interessados na política. Não vejo muita gente [jovens] a interessarem-se. Claramente é importante para o futuro. Todas as gerações devem estar representadas na política, nem que seja a nível local", frisou.

Em relação aos problemas que a União Europeia atravessa neste momento, diz não acreditar que a Inglaterra volte atrás na posição que tomou face à sua saída da UE, mas não dramatiza a situação.

"Temos os nossos problemas, como qualquer região tem. Todos juntos, como estamos aqui no Summer CEmp, revela uma grande união que se consegue transpor para os jovens", disse.

Já Ana Matos, de 23 anos, que está a fazer mestrado no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), diz que os assuntos europeus não são devidamente tratados pela comunicação social, onde há um défice de informação.

Sendo uma europeísta convicta, considera o projeto europeu muito positivo e acredita no seu futuro: "Não haverá tantos loucos para fazer mal à Europa".

A jovem estudante natural do Fundão entende que o projeto europeu "só pode ser um projeto bom" e acredita que "a União Europeia é melhor ainda".

Ao contrário de Hugo Paz, Ana Matos acredita que apesar do momento difícil que a Europa atravessa, com vários casos como o dos refugiados ou do `Brexit`, o Reino Unido vai voltar atrás na sua saída do projeto europeu.

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