Juiz revê despacho sobre jovem internado compulsivamente

por Andreia Filipa Nova, Marcelo Sá Carvalho

É um caso inédito. Um jovem de 16 anos foi internado por ordem de um juiz de Gaia numa associação terapêutica para toxicodependentes a 250 quilómetros de casa. Acontece que Martim, chamemos-lhe assim, não é toxicodependente.

O único alegado vicio que uma técnica da segurança social lhe atribuiu, o vício de jogar em computadores, não foi sequer verificado por nenhum médico.

Nos últimos dois meses, os pais do jovem fizeram vários requerimentos ao tribunal a pedir a alteração urgente da medida. Foram todos indeferidos.

Um dia, o jovem fugiu e foi ter a casa do pai. De seguida contou à RTP todos os maus tratos que alegadamente sofreu na instituição. Implorou que não o obrigassem a regressar.

Meia hora depois de termos emitido a entrevista, o juiz do processo suspendeu o internamento de Martim.
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