Juíza do Supremo alvo de processo evoca tempos da ditadura

por RTP

A juíza do Supremo Tribunal de Justiça Clara Sottomayor compara o processo disciplinar que lhe foi movido pelo Conselho Superior de Magistratura aos tempos da ditadura.

Numa audiência de defesa pública perante o Conselho Superior da Magistratura, a juíza emocionou-se e garantiu não ter cometido qualquer ilícito disciplinar.

Em causa estão declarações feitas pela magistrada no Facebook sobre o caso do homicídio De Valentina, de nove anos.

A juíza do Supremo questionou como foi possível um magistrado ter atribuído guarda partilhada num caso que terminou de forma trágica.

O Conselho Superior da Magistratura abriu um processo de averiguações. E concordou em aplicar a Clara Sottomayor a sanção de advertência não registada.

A juíza não concordou com a aplicação da pena e o processo de averiguação foi convertido em processo disciplinar. Aguarda agora a deliberação para saber se o processo avança ou suspende a pena disciplinar.
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