Reportagem

Leslie. Tempestade deixa milhares de casas sem eletricidade

por RTP

A EDP admite recorrer a meios internacionais para reparar os danos. A tempestade Leslie deixou cem mil pessoas sem eletricidade e não há estimativa da empresa para ultrapassar todos os danos que a tempestade provocou. As autoridades consideram ser ainda prematuro avançar com uma quantificação dos prejuízos provocados pelo mau tempo que se abateu sobre Portugal continental na madrugada de domingo.

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EDP sem estimativa para resolução de problemas

Depois da tempestade, tenta-se ainda ultrapassar os problemas deixados pelo Leslie. Além dos elevado prejuízos registados, o fornecimento de energia aos concelhos permanece um dos principais problemas a necessitar de uma resposta. A EDP admite que os danos foram significativos e não avança com uma estimativa para a conclusão dos trabalhos.

A EDP Distribuição declarou na noite de domingo o Estado de Emergência para o distrito de Coimbra, o mais grave previsto no seu plano de atuação, e admite recorrer a meios internacionais para reparar os danos causados pela tempestade tropical Leslie.

Num balanço feito às 20h00, a EDP admitia que cem mil habitações permaneciam sem eletricidade e revelava “há zonas muito preocupantes no distrito de Coimbra, em particular as localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal e Soure, onde várias linhas de alta e média tensão permanecem inoperacionais, com postes danificados”.

O ministro da Administração Interna dirigiu-se este domingo às áreas afetadas pela tempestade Leslie. Em Soure, revelou o plano de instalar geradores para que pudesse haver abastecimento de eletricidade mais rapidamente, de forma provisória.

As autoridades não arriscam fazer uma estimativa dos danos causados pela tempestade. O ministro Eduardo Cabrita argumenta que ainda é “prematuro” avançar com qualquer valor para quantificar o rasto de destruição que o Leslie deixou.

No terreno estão elementos dos Ministérios da Agricultura, Educação e Segurança Social, além de técnicos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional. A indicação do Governo é que a primeira estimativa dos danos seja apresentada até ao próximo Conselho de Ministros, para que possam ser equacionados os apoios a conceder.

O concelho mais afetado foi o de Figueira da Foz, onde algumas casas ficaram parcialmente destruídas, muitos carros foram danificados e algumas ruas ficaram cobertas de destroços. A autarquia acionou o Plano Municipal de Emergência.

O Leslie tornou-se a primeira tempestade tropical a entrar em Portugal desde que há registos. Os estragos foram visíveis este domingo. Em Soure muitas habitações sofreram danos com a passagem do Leslie.

Há inúmeros serviços afetados, como o das comunicações. Cerca de 50 mil clientes de rede fixa afetados. A Altice Portugal adianta que os trabalhos de reposição "continuam no terreno com evolução positiva".

Em comunicado, ao início da noite, a dona da Meo adianta "em relação aos clientes da rede fixa com serviços afetados são, atualmente, cerca de 50 mil, envolvendo comunicações de voz, Internet e televisão".

A Altice Portugal aponta que "o esforço das equipas, nas últimas 24 horas, começando na prevenção e passando para religação, permitiu, em poucas horas, a recuperação de cerca de 150 'sites' móveis'".

No que respeita à rede móvel, "neste momento estão afetados 66 'sites' móveis, o que corresponde a apenas cerca de 1,5% do total da rede nacional existente", acrescenta a operadora de telecomunicações.

Na sequência da tempestade, chegou a ser noticiado que uma pessoa tinha morrido em Montemor-o-Velho, vítima da queda de uma árvore. No entanto, o INEM esclareceu que não houve registo de qualquer morte diretamente relacionada com a tempestade.

Bruno Borges, coordenador da Sala de Situação Nacional ativada pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) para acompanhar a passagem do Leslie, disse à agência Lusa que se registaram duas mortes em zonas afetadas pela tempestade, em Montemor-o-Velho e Pampilhosa da Serra, mas não estão relacionadas com o mau tempo.

O responsável adiantou que as duas pessoas morreram de doença súbita, "aparentemente em paragem cardiorrespiratória", e "sem sinais de trauma".

A tempestade Leslie provocou 27 feridos ligeiros, 61 desalojados e quase 1.900 ocorrências comunicadas à Proteção Civil, de acordo com o balanço desta autoridade.

20h12 – 100.000 habitações continuam sem eletricidade

Num novo ponto de situação, a EDP Distribuição diz que “estão sem energia elétrica cerca de 100.000 habitações. A EDP Distribuição mantém um contingente de contingente de mais de 500 operacionais no terreno, tendo mobilizado, desde cedo, equipas de outros locais do País”.

A EDP admite danos muito significativos provocados pelo Leslie e revela que “há zonas muito preocupantes no distrito de Coimbra, em particular as localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal e Soure, onde várias linhas de alta e média tensão permanecem inoperacionais, com postes danificados”.

A EDP não avança com uma estimativa para a conclusão dos trabalhos. “Não obstante, a reparação de linhas, bem como o reforço de meios auxiliares como sejam geradores de emergência (50 instalados neste momento) tem permitido uma progressiva redução de situações de avaria”, avança o comunicado da empresa.

18h30 - Alunos da Figueira da Foz sem aulas na segunda-feira

O vereador da Educação da Figueira da Foz, Nuno Gonçalves, disse hoje à agência Lusa que na segunda-feira não haverá aulas em nenhum nível de ensino no concelho, por questões de segurança.

Também no concelho vizinho de Montemor-o-Velho não haverá aulas na segunda-feira, pelo menos.

17H00 - Não há vítimas mortais relacionadas com a tempestade Leslie, diz INEM

O INEM esclareceu hoje que não se registou nenhuma vítima mortal relacionada com a passagem do Leslie por Portugal, apesar de duas pessoas terem morrido em locais afetados pela tempestade.

Bruno Borges, coordenador da Sala de Situação Nacional ativada pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) para acompanhar a passagem do Leslie, disse à agência Lusa que se registaram duas mortes em zonas afetadas pela tempestade, em Montemor-o-Velho e Pampilhosa da Serra, mas não estão relacionadas com o mau tempo.

O responsável adiantou que as duas pessoas morreram de doença súbita, "aparentemente em paragem cardiorrespiratória", e "sem sinais de trauma".

Bruno Borges sublinhou que os óbitos foram declarados nos locais por duas equipas médicas do INEM.

"Até às 15:55 de hoje o INEM não registou nenhuma vítima mortal", frisou, sustentando que o Instituto de Emergência Médica está em articulação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

c/Lusa

16h50 - MAI argumenta que INEM não reportou nenhuma vítima mortal diretamente relacionada com tempestade

Em declarações aos jornalistas, o ministro da Administração Interna remeteu para o INEM esclarecimentos sobre a informação anteriormente avançada de que uma pessoa tinha morrido em consequência do mau tempo, em Montemor-o-Velho. Eduardo Cabrita diz que INEM não reportou uma vítima mortal direta.
Eduardo Cabrita adiantou que está a avaliar os prejuízos nos vários municípios afetados, sendo “prematuro” fazer uma estimativa neste momento.

O Ministro diz que é preciso agora “olhar para o dia seguinte” e por isso estão no terreno os ministérios da Agricultura, Educação e Segurança, bem como a Comissão de Coordenação Regional. A intenção é que até ao próximo Conselho de Ministros esteja concluída essa avaliação inicial, para acionar os meios de apoio.

O MAI admitiu que em Montemor-o-Velho os prejuízos na agricultura são significativos e que há uma especial atenção ao setor da educação, já que há escolas afetadas pela tempestade e é necessário encontrar soluções para os próximos dias.

16h05 - Ministro da Administração Interna inicia visita às zonas afetadas

Eduardo Cabrita acaba de chegar a Montemor-o-Velho para avaliar os prejuízos causados pelo Leslie.
Surgem informações de que o homem que terá morrido em Montemor-o-Velho tenha falecido de morte súbita e não em resultado direto da tempestade, como conta o jornalista Paulo Rolão. Uma informação que não está ainda oficialmente confirmada.

15h54 - Rajada de vento de 176 km/hora na Figueira da Foz foi a maior registada em Portugal

O IPMA adianta que a estação de Figueira da Foz/Vila Verde registou às 22:40 de sábado uma rajada de cerca de 176 quilómetros por hora, valor atribuído a um fenómeno designado por 'sting jet'.

O IPMA frisa que a rajada observada no sábado na Figueira da Foz constitui o valor "mais elevado registado em estações da rede meteorológica nacional", sendo o máximo anterior de 169 quilómetros por hora, a 17 de outubro de 2015.

O IPMA explica que o 'sting jet' é uma forte corrente descendente que, por vezes, se desenvolve no bordo oeste de depressões extratropicais, podendo alcançar a superfície.

O IPMA indica ainda que se observou um fenómeno semelhante em Portugal Continental a 23 de dezembro de 2009, mas na altura não esteve associado a uma depressão resultante da transição de ciclone tropical para depressão extratropical, como se verificou no sábado.

15h50 – EDP diz que há 100 mil pessoas sem eletricidade

O litoral de Coimbra e a zona do Louriçal, em Pombal, são as zonas mais afetadas por cortes de energia, após a passagem da tempestade tropical Leslie, informou a EDP distribuição.

"Mais de 100 mil consumidores permanecem sem energia, depois de terem chegado aos 300 mil. Nesta altura, em relação aos danos que tivemos esta foi a situação mais crítica na nossa história e que nos provoca mais incertezas quanto à estimativa de quando tudo estará solucionado", afirmou o presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição, João Torres.

A EDP qualifica a situação como "estado perturbado", o segundo mais grave de uma escala de quatro.

A EDP tem 500 operacionais no terreno e um helicóptero para apurar prejuízos e danos.

O município de Soure, distrito de Coimbra, está "sem energia", já que a sua subestação "foi muito afetada", pela passagem da tempestade o que já levou a Câmara, hoje, a decretar estado de calamidade pública no concelho.

15h12 - Eduardo Cabrita visita zonas críticas

O ministro da Administração Interna visita esta tarde as zonas atingidas pela tempestade Leslie.

15h08 - Vítima mortal em Montemor-o-Velho

A passagem da tempestade Leslie pela região centro provocou um morto em Montemor-o-Velho, segundo fonte do município citada pela Lusa.

"Há a registar uma vítima mortal, três feridos ligeiros, sete famílias desalojadas (já realojadas em casas de familiares) e uma família de três pessoas que se recusou a sair da sua habitação", adiantou a mesma fonte.

A vítima mortal foi atingida por uma árvore em Amieiro, freguesia de Arazede.

14h50 - Ministério da Agricultura no terreno

Em comunicado enviado às redações, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural afirma estar nesta altura "a proceder ao levantamento de prejuízos decorrentes da passagem da tempestade Leslie por território nacional".

"A informação recolhida permitiu já identificar as áreas mais afetadas, que se situam na região do litoral centro, onde os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro estão já no terreno a recolher informação e a avaliar a situação. O Governo pretende, com esta operação, que será concluída no mais curto espaço de tempo possível, desencadear os mecanismos de apoio aos agricultores, caso se justifique", lê-se no texto.

"Os serviços do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas estão já a proceder aos trabalhos de remoção de árvores derrubadas em áreas sob jurisdição pública, tendo em vista a desobstrução de vias e a retirada de destroços de árvores das infraestruturas atingidas. Depois de concluídos os trabalhos de emergência, será feito o levantamento exaustivo do estado das Matas Nacionais atingidas pela tempestade", remata o Ministério.

14h38 - Leiria enfrenta corte de eletricidade

Leiria foi um dos distritos mais afetados pela tempestade Leslie. Milhares de casas ficaram literalmente às escuras.


14h36 - Zonas costeiras do norte foram as mais afetadas

Em Matosinhos, a linha do Metro esteve cortada devido à queda de árvores e no Furadouro houve um apagão. Pelo menos 13 voos foram cancelados no aeroporto Francisco Sá Carneiro.


14h30 - Leslie apontou ao centro mas fez estragos em Lisboa

Uma mudança na trajetória do furacão acabou por poupar a região da Grande Lisboa. Mesmo assim, 27 voos foram cancelados no Aeroporto Humberto Delgado e houve mais de uma centena de ocorrências.


14h26 - Limpeza em curso

A maioria das ocorrências está relacionada com a queda de árvores e estruturas. Em Anadia fazem-se os trabalhos de limpeza aliados aos prejuízos causados pela tempestade Leslie.


14h24 - Centro do país fustigado pela tempestade

Os distritos mais afetados foram Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu. Na Figueira da Foz, quase tudo o vento levou.


14h10 - Mais de 100 mil sem luz

A EDP Distribuição informa que mais de 100 mil pessoas continuam privadas de eletricidade.

As zonas mais afetadas pelos cortes de energia são o litoral de Coimbra e a zona do Louriçal, em Pombal.

14h06 - Plano de emergência em Mira

A Câmara Municipal de Mira decidiu entretanto ativar o plano municipal de emergência, na sequência da passagem da tempestade Leslie pela região centro.

13h49 - Alerta amarelo mantém-se

A Proteção Civil decidiu manter o alerta amarelo em Portugal continental até às 24h00, justificando a medida com o facto de haver estruturas que podem ainda colapsar e "muito trabalho para limpar".

13h34 - Proteção Civil atualiza número de ocorrências

Ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Proteção Civil atualizou os dados sobre os  efeitos da tempestade Leslie em Portugal continental, adiantando que registou 2495 ocorrências até às 12h00.

Há ainda confirmação de 28 feridos ligeiros, entre os quais três agentes da Proteção Civil.

13h06 - Mata do Bussaco encerrada

A Mata Nacional do Bussaco, na Mealhada, está encerrada ao público na sequência da tempestade Leslie, confirma o presidente da Câmara.

Caíram, ali, dezenas de árvores durante a noite.

"Vamos colocar grades em todas as entradas para que as pessoas percebam que não podem entrar, porque há o risco de queda de mais árvores", disse o autarca Rui Marqueiro.

12h55 - Calamidade pública em Soure

Noventa por cento das habitações em oito das dez freguesias de Soure sofreram danos durante a tempestade, adiantou o presidente da Câmara local, Mário Jorge Nunes, que anunciou também a intenção de decretar o estado de calamidade pública.

Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que quatro famílias foram realojadas em casas de familiares.

"O grande problema neste momento é a energia elétrica, porque a EDP não sabe quando poderá retomar o fornecimento. Em 2013, numa situação um pouco semelhante, estivemos quatro dias sem eletricidade", recordou.

12h07 - Danos nos transportes de Coimbra

A circulação dos autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra encontra-se "gravemente condicionada".

"A circulação normal será retomada progressivamente à medida que forem repostas as condições de segurança. Agradecemos a melhor compreensão da população", indica uma breve nota informativa.

12h05 - Dezenas de árvores caídas em Viseu

Pelo menos 70 árvores caíram no concelho de Viseu na sequência do furacão Leslie, segundo a autarquia local.

O balanço provisório da tempestade, "da qual não resultaram danos pessoais, aponta ainda para 73 ocorrências relativas a queda de elementos de construção em estruturas edificadas".

11h00 - Noite de sobressalto em Coimbra

Os efeitos dos ventos fortes da tempestade Leslie foram particularmente severos na região centro, como mostra este conjunto de fotografias captadas em Coimbra por Paulo Novais, da agência Lusa.

Os efeitos dos ventos fortes da tempestade Leslie foram particularmente severos em Coimbra, como mostra este conjunto de fotografias da agência Lusa.



10h52 - Cenário de destruição na Figueira da Foz

A equipa de reportagem da RTP mostrou na manhã deste domingo os estragos causados pela tempestade Leslie nas ruas da Figueira da Foz.


10h12 - Estragos no Porto

Entre as ocorrências registadas pelas autoridades, destacam-se quedas de árvores e de postes. Algumas linhas do metro foram cortadas.

Só em Matosinhos há registo de 30 ocorrências.

Elementos da Proteção Civil deslocaram-se às zonas mais críticas para retirada de árvores caídas.

9h45 - "Maiores perigos já passaram"

Num ponto de situação, a Autoridade Nacional de Proteção Civil afiança que "os maiores perigos já passaram", remetendo para as 11h00 uma avaliação do quadro de alerta em conjunto com o Instituto do Mar e da Atmosfera.

A partir da sede da Proteção Civil em Carnaxide, o comandante Belo Costa adiantou que o dispositivo está a procurar encerrar cerca de 900 ocorrências ainda em aberto.

O comandante confirmou também que mais de 300 mil pessoas foram afetadas por cortes de energia. O número diminuiu nas últimas horas com a reposição gradual.

9h38 - Novo balanço da EDP

A tempestade Leslie deixou cerca de 200 linhas de alta ou média tensão fora de serviço e milhares de habitações sem energia elétrica, segundo a EDP Distribuição.

Em comunicado, a elétrica adianta que o mau tempo "afetou fortemente" a rede de distribuição no litoral e norte do país.

"Mais de 500 operacionais trabalharam durante a madrugada e continuam no terreno para reparação de avarias", acrescenta.

Apesar das "condições adversas", como "estradas cortadas, árvores caídas e o forte vento" que "dificultam a execução das operações", "parte da rede" foi entretanto restabelecida.

"Face à dimensão dos danos verificados, crê-se que será um trabalho moroso, para os próximos dias. Serão adotadas soluções temporárias com instalação de geradores de emergência nas situações mais críticas".

9h30 - ASPROCIVIL aprova estratégia de alertas

Recordamos agora as declarações do presidente da Associação de Técnicos de Segurança e Proteção Civil na emissão especial da RTP3 para o acompanhamento dos efeitos do mau tempo, na última noite.

Ricardo Ribeiro entende que os alertas sobre a passagem da tempestade foram feitos de forma correta.


9h16 - Tempestade fustigou a Figueira da Foz

O concelho mais afetado pela tempestade foi a Figueira da Foz, onde pelo menos cinco pessoas ficaram desalojadas e houve grandes prejuízos.

O vento chegou a 170 quilómetros por hora e destruiu viaturas e estabelecimentos comerciais. A tempestade provocou estragos no hospital, mas o funcionamento da unidade não foi afectado.

A RTP esteve no terreno a acompanhar a situação e a ouvir vários testemunhos de pessoas afetadas.


8h57 - EDP a braços com apagão

A EDP está a tentar corrigir os problemas na rede elétrica afetada pela tempestade da última noite. Dezenas de milhares de casas ficaram sem luz, uma situação que a empresa vai tentar resolver nas próximas horas.

A diretora de comunicação da EDP Distribuição descreveu a situação durante a noite, em contacto telefónico.


8h18 - 27 feridos, 61 desalojados

É já conhecido o primeiro balanço da manhã por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil: a tempestade Leslie fez 27 feridos ligeiros e 61 desalojados, tenso sido reportadas 1.900 ocorrências.

Dos 61 desalojados, 57 são do distrito de Coimbra, um de Leiria e três de Viseu.

Das 1.890 ocorrências, 1.218 diziam respeito a quedas de árvores e 441 a quedas de estruturas.

O distrito de Coimbra foi o mais afetado, seguindo-se Aveiro, Leiria e Viseu.

No terreno estiveram 6.373 operacionais e 2.002 meios terrestres.

A maioria das estradas cortadas foi já reaberta, ainda segundo Rui Laranjeiro, designadamente o IC2, o IP3 e a A1, na região de Coimbra.

7h30 - O quadro ao amanhecer


Depois da tempestade, as autoridades fazem contas aos danos. Até às 2h00 deste domingo, a tempestade Leslie originou, em Portugal continental, cerca de 1500 ocorrências, a maioria resultante da queda de árvores e estruturas, de acordo com a Proteção Civil, que fará esta manhã novo ponto da situação.

A maior parte das ocorrências teve lugar nos distritos de Leiria, Coimbra e Lisboa. Há notícia de alguns feridos ligeiros.O INEM ativou ontem a Sala de Situação Nacional, tendo em vista acompanhar e articular com as demais entidades a resposta aos efeitos do mau tempo.

Na Figueira da Foz, um dos concelhos mais atingidos pelos fortes ventos, ficaram desalojadas cinco pessoas – dois adultos e três crianças da mesma família, entretanto acolhidos pela Cruz Vermelha. Houve também danos em viaturas e estabelecimentos comerciais.

Naquele concelho, também o hospital distrital, situado junto ao mar, sofreu danos, mas continua a funcionar.

A equipa de reportagem da RTP na Figueira da Foz ficou sem comunicações e impedida de fazer diretos. Teve mesmo de procurar abrigo da tempestade.

No parque de campismo de Água de Madeiros, Alcobaça, o número de desalojados ascendeu a meia centena. Há também registo de pessoas desalojadas no concelho da Marinha Grande.

Perto das 3h00, quando a tempestade chegava já à região do Minho, o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera explicava, em declarações à agência Lusa, que o mau tempo tenderia a “normalizar rapidamente”. Horas antes, entrevistado na RTP3, Jorge Miranda havia alertado para a trajetória ziguezagueante do furacão que entretanto passara à categoria de tempestade pós-tropical.

Também na região do Grande Porto caíram árvores e telhas.

O trânsito chegou a estar cortado, na noite de sábado, na A1, sentido Norte-Sul, perto da área de serviço de Pombal, devido à queda de uma árvore. O IC2 esteve cortado ao trânsito nas zonas de Pombal, Leiria e Albergaria-a-Velha.

Foram cancelados cerca de 30 voos nos aeroportos de Lisboa e do Funchal, segundo a ANA - Aeroportos de Portugal. E as ligações entre as duas margens do Tejo foram igualmente afetadas.

Apagão

Centenas de milhares de pessoas a norte do Tejo continuavam, ao início da manhã, sem energia elétrica por causa dos danos da tempestade pós-tropical. A EDP Distribuição considera a situação “muito grave”.

“Neste momento estão a ser afetadas as zonas mais a norte que ainda não tinham sido atingidas. Perto do Porto, Aveiro e Ovar, por exemplo”, adiantava, pouco depois das 2h00, a A EDP está a tentar corrigir os problemas na rede elétrica afetada pela tempestade da última noite.

Dezenas de milhares de casas ficaram sem luz, uma situação que a empresa vai tentar resolver nas próximas horas.

Fernanda Bonifácio, diretora de comunicação da EDP Distribuição, descreveu durante a noite a situação, em contacto telefónico., Fernanda Bonifácio, ouvida pela Lusa.

Perante uma estimativa de “centenas de milhares” de pessoas sem energia elétrica, a EDP Distribuição ativou o denominado “estado perturbado”.

“O estado perturbado é superior ao estado de alerta que tínhamos ativo desde as 18h00. Estamos a mobilizar mais meios de outras partes do país para responder às ocorrências”, explicava de madrugada Fernanda Bonifácio.

“Temos que aguardar que a situação serene para entrarmos com mais força. Daremos, naturalmente, prioridade a aglomerados populacionais com maior densidade”, acrescentou.