Luís Filipe Vieira ouvido este sábado pelo juiz Carlos Alexandre

Luís Filipe Vieira é interrogado este sábado no Tribunal Central de Instrução Criminal. O juiz Carlos Alexandre terminou a série de interrogatórios de sexta-feira com Tiago Vieira, filho do empresário, agora com funções suspensas na estrutura do Benfica.

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O advogado de Luís Filipe Vieira confirmou, à saída do tribunal, que o seu cliente vai responder ao juiz. António Cotrim - Lusa

O advogado de Luís Filipe Vieira confirmou, à saída do tribunal, que o seu cliente vai responder ao juiz.

Questionado sobre se Luís Filipe Vieira vai responder a todas as questões, o advogado respondeu que “não há razão para que não responda”.

“A não ser que seja alguma coisa de inconveniente que lhe seja perguntado, e nessa altura não responde”, acrescentou. “Agora, à matéria de indiciação, claro que sim, vai responder a todas as questões que lhe puserem”.

O advogado adiantou ainda que se prevê um interrogatório longo este sábado e que tudo indica que as medidas sejam conhecidas também amanhã.

Luís Filipe Vieira vai passar uma terceira noite detido mas, segundo o seu representante legal, continua “sereno e calmo”.

“Já jantou, porque o catering prisional é mais cedo do que nós estamos habituados” e agora regressará a Moscavide, “onde as autoridades prisionais o têm tratado com o cuidado que qualquer cidadão merece”, assegurou o advogado.

Luís Filipe Vieira será, assim, o último a ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, no TCIC, no âmbito do processo “Cartão Vermelho”.
Luís Filipe Vieira será o último a ser ouvido
Segundo o comunicado do Conselho Superior de Magistratura, depois do interrogatório de Bruno Macedo, que terminou às 14h16 horas, seguiu-se o de Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira, o último a ser ouvido esta sexta-feira. Esta manhã, já o empresário José António dos Santos tinha prestado declarações ao juiz Carlos Alexandre.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira, numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".

Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

c/ Lusa
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