Manuel Pinho saiu do DCIAP sem ser interrogado

por RTP

Pede há um ano para ser ouvido pelas autoridades, mas chegou 30 minutos atrasado e em silêncio. Saiu em 40 minutos sem acrescentar nada. Cá fora e lá dentro.

Manuel Pinho saiu do Departamento Central de Investigação e Acção Penal sem ser interrogado. O Ministério Público anulou a diligência porque o advogado de defesa suscitou um problema processual.

Ricardo Sá Fernandes garante que Manuel Pinho não é arguido do processo EDP.

A Procuradoria geral da República confirma que chamou Manuel Pinho para comparecer como arguido. Mas diz que a anulação da diligência se deveu a uma estratégia da defesa.

"Antes de iniciada a diligência foi suscitado, pelo seu advogado, o incidente de recusa dos magistrados designados para dirigir o inquérito."

Isso implica que o incidente de recusa seja apreciado pelo imediato superior hierárquico dos procuradores, no caso o diretor do DCIAP Amadeu Guerra.

Há dois meses, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal tinha anulado a constituição de arguido do ex-ministro da Economia pela PJ a 3 de Julho do ano passado por irregularidades.

O Ministério Público recorreu para a relação. Mas o recurso não tem efeito suspensivo. O Ministério Público vai reagendar um novo interrogatório a Manuel Pinho. Mas não será nos próximos dias.

Há suspeitas de benefícios à EDP e ao Grupo Espírito Santo enquanto foi ministro da Economia.


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