Em noite de frio intenso, o Presidente da República foi ao pavilhão desportivo da Graça, convertido em centro de acolhimento para a população sem-abrigo de Lisboa. Marcelo Rebelo de Sousa deixou elogios à aplicação da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, admitindo que “o recenseamento ultrapassou os números” estimados.
Antes da visita ao pavilhão da Graça, na última noite, Marcelo esteve reunido em Belém com agentes da Estratégia Nacional para os sem-abrigo.
Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa preserva a vontade de ver o número de pessoas sem-abrigo diminuído de modo expressivo nos próximos cinco anos.
“Se o crescimento económico continuar e esperando que não haja nenhuma crise como a que vivemos, se for assim, estão a ser criadas condições pelo Governo, pelas autarquias, misericórdias e muitas associações que estão no terreno a trabalhar todos os dias”, perspetivou o Presidente.
Marcelo quis ainda “felicitar a secretária de Estado por, em um ano e poucos meses, pôr de pé uma estratégia nacional que veio substituir uma que tinha esgotado o seu prazo de aplicação há mais de dois anos”.
Sobre o centro de acolhimento instalado no pavilhão desportivo da Graça, o Presidente da República considerou-o “um exemplo de capacidade de resposta imediata do município de Lisboa, numa situação de contingência”.
“Os munícipes de Lisboa, mal souberam que havia este centro, trouxeram roupa de forma espontânea e isso é muito importante para quem aqui chega”, sublinhou.
“Situação de emergência”
Acompanhado pelo presidente da Câmara da capital, Fernando Medina, o Presidente carregaria nos elogios à resposta da autarquia ao frio: “Podem comer, ter roupa, têm aqui chuveiros e um espaço para se protegerem do frio, em noites que se preveem muito rigorosas e seguidas. Esta capacidade do município de Lisboa deve ser destacada”.
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Marcelo assinalou ainda o facto de o Metro manter estações abertas para receber sem-abrigo numa “situação de emergência”.
Em Belém, o Presidente da República esteve reunido com a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, elementos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ricardo Robles, vereador do Bloco de Esquerda na Câmara lisboeta, e Fernando Paulo, vereador do Porto.
A reunião contou igualmente com a presença de representantes da AEIPS - Associação para o Estudo e Integração Psicossocial, CASA - Centro de Apoio aos Sem-Abrigo, Associação Crescer, Médicos do Mundo e Comunidade Vida e Paz.
O Plano de Ação 2017-2018, da responsabilidade do Grupo de Implementação, Monitorização e Avaliação da Estratégia Nacional para os sem-abrigo, é composto por uma centena de medidas que passam pela “priorização do alojamento permanente em habitações individualizadas”, pelo alargamento da intervenção em saúde e pela inclusão profissional, com uma dotação superior a 60 milhões de euros.
Espera-se que até 2023, último ano da vigência da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, tenham sido disponibilizadas duas dezenas de habitações permanentes.
c/ Lusa
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