Mergulhadores procuram dois cadáveres na barragem da Raiva

por Agência LUSA
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As buscas no rio Mondego para encontrar dois cadáveres de raparigas, alegadamente assassinadas por um ex-militar da GNR em Santa Comba Dão, começaram às 8h30 na Albufeira da Barragem da Raiva, disse à Lusa fonte dos bombeiros.

Seis mergulhadores dos bombeiros voluntários de Penacova e quatro dos sapadores bombeiros de Coimbra estão a fazer buscas sob a orientação de elementos da Polícia Judiciária.

Segundo o comandante dos bombeiros de Penacova, António Simões, "a PJ deu indicações para serem procurados dois cadáveres", mas ainda "nada foi encontrado".

O trabalho dos mergulhadores é dificultado pelo facto de as águas do rio serem pouco límpidas e haver zonas de grande profundidade.

Segundo António Simões, o tempo que os mergulhadores podem estar na água ronda "os 30 minutos", tendo depois de sair para terra para descansar, prosseguindo depois a actividade.

"As buscas vão continuar ao longo de todo o dia ou até serem encontrados os dois cadáveres, mas caso prossigam no domingo, deverão ser pedidos reforços a outras corporações de bombeiros", adiantou o comandante.

O suspeito do assassínio de três raparigas em Santa Comba Dão, detido sexta-feira pela PJ de Coimbra, foi indiciado por três crimes de homicídio qualificado e três de ocultação de cadáver pelo Tribunal da Figueira da Foz.

O suspeito, identificado como António Luís Rodrigues da Costa, um militar da GNR reformado, vai aguardar julgamento em prisão preventiva O homem, de 53 anos e residente em Santa Comba Dão, foi detido sexta-feira à tarde por suspeita de ter assassinado três raparigas entre os 16 e os 18 anos, desaparecidas desde 24 de Maio de 2005, Novembro do mesmo ano e 08 de Maio de 2006.

O suspeito abandonou o Tribunal da Figueira da Foz cerca das 22:15 escoltado por agentes da PSP e sob os insultos de algumas centenas de populares que se juntaram à porta do Tribunal.

A primeira jovem, Isabel Cristina Isidoro, de 17 anos, desapareceu a 24 de Maio de 2005.

A segunda jovem, Mariana Oliveira, 18 anos, desapareceu a 14 de Novembro do mesmo ano, enquanto a terceira, Joana Oliveira, de 17 anos, desapareceu a 08 de Maio de 2006.


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