Montepio quer ser um parceiro ativo na reflorestação da região Centro

por Lusa

Pedrógão Grande, Leiria, 21 out (Lusa) - O Montepio está interessado em ser "um parceiro ativo" na reflorestação da região Centro, afetada por grandes incêndios nos últimos meses, disse hoje o presidente da instituição, António Tomás Correia.

"A reflorestação vai implicar muita coisa. É um processo moroso e muito complexo e, com certeza, o Montepio estará interessado na reflorestação de toda a região Centro e não deixará de ser um parceiro ativo, atento e tão determinante quanto possível no encaminhamento dessa reflorestação", afirmou o presidente da Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM), que falava à agência Lusa à margem da conferência "Re-nascer - Depois das Cinzas", que decorre hoje na Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, em Pedrógão Grande.

Segundo Tomás Correia, o papel poderá passar por "aportar meios financeiros" e mobilizar os voluntários dentro do Montepio e "todo um conjunto de estruturas do movimento associativo a que o Montepio pertence".

Para além disso, o apoio também poderá passar por ajudar a financiar empresas interessadas na reflorestação da região, explanou.

Tomás Correia, que encabeçou a lista do PS à Assembleia Municipal nas autárquicas (o partido conquistou o município), sublinhou que o Montepio irá atuar na restante região como atuou em Pedrógão Grande, sublinhando que a região norte do distrito de Leiria não será privilegiada apenas pelo facto de o presidente da Associação Montepio ter nascido em Pedrógão Grande.

A propósito do incêndio de Pedrógão Grande, o Montepio doou cerca de 250 mil euros.

Durante a conferência que decorre na sede do concelho, Tomás Correia sublinhou que a ausência de esperança neste território não começou com o fogo de junho, mas que foi "construída ao longo de muitos anos".

Para o responsável do Montepio, é necessário uma visão de futuro, "que canalize energias" por forma a combater a desertificação a que a região está votada.

Durante a conferência, o presidente da farmacêutica Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo, salientou que é importante pensar-se numa nova floresta para toda a região.

"A floresta é uma grande oportunidade, mas é preciso uma outra floresta. Não precisamos desta floresta. Não podemos ter uma sociedade a consumir o que é dos nossos netos e uma floresta para os nossos netos", frisou o empresário, que começou com uma "pequena farmácia" em Pedrógão Grande.

Durante a conferência, outros empresários falaram quase sempre num discurso assente em palavras como inovação, empreendedorismo, estratégia, oportunidade e parcerias, num evento que tinha como objetivo "inspirar os agentes económicos locais".

Tópicos
pub