Montijo foi o local escolhido para o novo aeroporto após 50 anos de indecisões

por RTP

Ao longo dos últimos 50 anos, o novo aeroporto de Lisboa sofreu vários avanços e recuos à mistura com diversas localizações. Depois de abandonada a hipótese da OTA, mais concretamente entre 2008 e 2012, consolidou-se Alcochete como opção.

O estudo de impacto ambiental para esta localização foi aprovado e ainda está ativo. Nesta solução, seria construído um aeroporto de raiz numa área de três mil e 400 hectares ao longo de quatro fases. O que tornaria possível 102 movimentos por hora.

Só que em 2012, a crise e a entrada da Troika em Portugal travaram tudo. Em 2013, o grupo francês Vinci comprou a ANA. O governo PSD/CDS suspendeu o projeto e tentou avançar com a solução Montijo mas não conseguiu por falta de entendimento com os autarcas da margem sul.

A opção Portela/Montijo só se tornou oficial no ano passado quando o atual governo assinou um memorando de entendimento com a ANA e só teve condições para avançar há um mês quando António Costa e Pedro Marques assinaram o contrato de financiamento do novo aeroporto.

Nesta opção, fechada pelo primeiro-ministro e pelo ministro que amanhã abandonará o governo para ser cabeça de lista do PS às europeias, o novo aeroporto de Lisboa ficará confinado a 236 hectares com capacidade para 24 movimentos por hora.
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