Morre-se menos em Portugal por causas evitáveis e tratáveis que na UE

por RTP
Reuters

Um relatório da Comissão Europeia revela que, em Portugal, a taxa de mortalidade por causas evitáveis e tratáveis é mais baixa que na maioria dos países da União Europeia. Há o registo de 140 mortes evitáveis por 100 cada mil habitantes. A média europeia é de 161.

Em relação às doenças tratáveis, em Portugal registam-se 89 óbitos por cada 100 mil habitantes, contra os 93 da média europeia.

Segundo o relatório sobre a Situação da Saúde na União Europeia, Portugal está à frente de países como a Áustria, Dinamarca, Alemanha e o Reino Unido. A Lituânia, a Letónia e a Hungria ocupam os últimos lugares, com mais do dobro de mortes evitáveis do que a média dos países analisados. O relatório vai ser apresentado sexta-feira em Lisboa.

O relatório da Comissão Europeia, com a colaboração da OCDE, faz um diagnóstico da elevada eficácia do Serviço Nacional de Saúde com bons resultados em medidas de saúde pública, de prevenção no cancro do pulmão, acidentes, doenças cardíacas isquémicas, AVC ou consumo de álcool.
O documento sobre a Situação da Saúde na União Europeia destaca também o tratamento de outros tumores.

Em relação aos pontos negativos, o relatório destaca menos de um terço de investimento nos serviços de saúde do que a média da União Europeia, elevadas despesas não reembolsadas aos utentes e dívidas acumuladas dos hospitais públicos que minam a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde. O documente refere que Portugal gasta quase metade do valor que a média europeia na prevenção, apenas 1,8 por cento do total das despesas em saúde, cerca de 36 euros por pessoa, face aos 3,2 da média europeia.

Em relação às despesas de saúde não reembolsadas, Portugal, com 27,5 por cento, está acima da média da União Europeia é de 15,8 por cento.

Também o número de camas hospitalares tem vindo a reduzir
e é atualmente relativamente baixo em comparação com a média da União Europeia.

Já a esperança de vida tem vindo a crescer desde 2000, chegando aos 81,6 anos em 2017, ligeiramente acima da média europeia.

Em relação à vacinação, Portugal está nos três melhores, com taxas de imunização em crianças contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa e sarampo bastante acima da média europeia.
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