País
Nova lei do arrendamento em Conselho de Ministros
O pacote legislativo do Governo sobre habitação deve ser aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. As medidas terão ainda de ser discutidas na Assembleia da República.
A decisão de alterar as leis que regem o sector do mercado de arrendamento de habitações foi anunciada na passada segunda-feira.Ainda não há data agendada para discussão das medidas no Parlamento.
Cerca de 600 mil inquilinos estão ainda em situação precária em Portugal e mais de metade dos contratos de arrendamento são de apenas um ano.
Apesar de diversos problemas já serem antigos e objeto de sucessivas adaptações legislativas, a recente procura elevada de casas em Portugal tem originado um aumento acentuado de preços, complicando as opções de milhares de pessoas e de famílias.
Em Lisboa, as rendas subiram mais de 36 por cento desde 2011. O Porto segue a mesma tendência, embora o aumento nas rendas não seja tão elevado.
Obras, despejos, impostos
Os despejos por causas de obras de remodelação ou de restauro profundo são, para o atual Governo, um dos principais problemas a resolver.
A proposta de António Costa para alterar a Lei das Rendas visa garantir que, nesses casos, os contratos de arrendamento fiquem apenas suspensos, dando aos inquilinos o direito a regressar à habitação depois das obras. O valor a partir do qual este tipo de obras integra o conceito legal de obras de remodulação profunda vai ser alterado em função do valor de mercado do imóvel.
A ser aprovada a alteração, o senhorio ficaria impedido de denunciar os contratos de arrendamento.
Para impedir a avalancha de contestação por parte dos proprietários, o Governo propõe a redução da carga fiscal dos senhorios que façam contratos de arrendamento superiores a dez anos.
Nos contratos com duração superior a uma década, o imposto desce para 14 por cento e em casos de arrendamento acima dos 20 anos, a taxa poderá baixar para 10%.
A taxa liberatória atual dos senhorios é de 28 por cento, seja qual for a duração do contrato.
O primeiro-ministro diz que estas medidas previstas para a habitação são uma forma de evitar a instabilidade e a precariedade.
O pacote do Governo aposta também numa maior proteção dos idosos e pessoas com deficiência.
Série de pacotes
O Governo quer aprovar também diversas outras medidas que constam na Nova Geração de Políticas de Habitação, já que em Portugal há mais de 25.700 famílias com necessidade de realojamento.
O programa Primeiro Direito pretende garantir o acesso a uma habitação adequada às pessoas que vivem em situações indignas e não têm capacidade financeira. O plano é que venha a disponibilizar oito mil fogos até 2020.
Outra meta é o Programa de Arrendamento Acessível, que prevê uma oferta alargada de habitação para arrendamento a preços reduzidos.
Para promover a coesão e integração socioterriterorial dos bairros de arrendamento público foi criado o programa Da Habitação ao Habitat.
O Chave na Mão vai facilitar a mobilidade de famílias residentes em áreas de forte pressão urbana que pretendam viver no interior do país
Contestação
O primeiro-ministro pretende eliminar as carências habitacionais até 25 de abril de 2024, data em que se assinalarão os 50 anos da Revolução dos Cravos.
A contestação à nova lei do arrendamento já começou. Os proprietários querem ver como é que as medidas vão ser aplicadas.
A Associaçao de Inquilinos Lisbonense olha para as medidas com prudência e, a norte, a sua congénere queixa-se do aumento das rendas.
Já a Associação Nacional de Municípios contesta algumas propostas apresentadas pelo governo para a melhorar o mercado de habitação.
Os autarcas pedem mais dinheiro para poderem cumprir as responsabilidades dos municípios em matéria de habitação.
Cerca de 600 mil inquilinos estão ainda em situação precária em Portugal e mais de metade dos contratos de arrendamento são de apenas um ano.
Apesar de diversos problemas já serem antigos e objeto de sucessivas adaptações legislativas, a recente procura elevada de casas em Portugal tem originado um aumento acentuado de preços, complicando as opções de milhares de pessoas e de famílias.
Em Lisboa, as rendas subiram mais de 36 por cento desde 2011. O Porto segue a mesma tendência, embora o aumento nas rendas não seja tão elevado.
Obras, despejos, impostos
Os despejos por causas de obras de remodelação ou de restauro profundo são, para o atual Governo, um dos principais problemas a resolver.
A proposta de António Costa para alterar a Lei das Rendas visa garantir que, nesses casos, os contratos de arrendamento fiquem apenas suspensos, dando aos inquilinos o direito a regressar à habitação depois das obras. O valor a partir do qual este tipo de obras integra o conceito legal de obras de remodulação profunda vai ser alterado em função do valor de mercado do imóvel.
A ser aprovada a alteração, o senhorio ficaria impedido de denunciar os contratos de arrendamento.
Para impedir a avalancha de contestação por parte dos proprietários, o Governo propõe a redução da carga fiscal dos senhorios que façam contratos de arrendamento superiores a dez anos.
Nos contratos com duração superior a uma década, o imposto desce para 14 por cento e em casos de arrendamento acima dos 20 anos, a taxa poderá baixar para 10%.
A taxa liberatória atual dos senhorios é de 28 por cento, seja qual for a duração do contrato.
O primeiro-ministro diz que estas medidas previstas para a habitação são uma forma de evitar a instabilidade e a precariedade.
O pacote do Governo aposta também numa maior proteção dos idosos e pessoas com deficiência.
Série de pacotes
O Governo quer aprovar também diversas outras medidas que constam na Nova Geração de Políticas de Habitação, já que em Portugal há mais de 25.700 famílias com necessidade de realojamento.
O programa Primeiro Direito pretende garantir o acesso a uma habitação adequada às pessoas que vivem em situações indignas e não têm capacidade financeira. O plano é que venha a disponibilizar oito mil fogos até 2020.
Outra meta é o Programa de Arrendamento Acessível, que prevê uma oferta alargada de habitação para arrendamento a preços reduzidos.
Para promover a coesão e integração socioterriterorial dos bairros de arrendamento público foi criado o programa Da Habitação ao Habitat.
O Chave na Mão vai facilitar a mobilidade de famílias residentes em áreas de forte pressão urbana que pretendam viver no interior do país
Contestação
O primeiro-ministro pretende eliminar as carências habitacionais até 25 de abril de 2024, data em que se assinalarão os 50 anos da Revolução dos Cravos.
A contestação à nova lei do arrendamento já começou. Os proprietários querem ver como é que as medidas vão ser aplicadas.
A Associaçao de Inquilinos Lisbonense olha para as medidas com prudência e, a norte, a sua congénere queixa-se do aumento das rendas.
Já a Associação Nacional de Municípios contesta algumas propostas apresentadas pelo governo para a melhorar o mercado de habitação.
Os autarcas pedem mais dinheiro para poderem cumprir as responsabilidades dos municípios em matéria de habitação.