Orçamento da Câmara de Lisboa com aprovação em risco

por Lusa
A aprovação do orçamento da câmara de Lisboa não parece tarefa fácil para o presidente Carlos Moedas Foto: Pedro A. Pina - RTP

O orçamento da Câmara de Lisboa, liderada por Carlos Moedas (PSD), é debatido e votado esta quinta-feira na assembleia municipal, onde a coligação “Novos Tempos” e PS têm 27 deputados cada, pelo que a anunciada abstenção socialista não garante a viabilização.

A proposta de orçamento da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para 2022, que prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros, ligeiramente superior à do ano anterior (1,15 mil milhões), foi aprovada pelo executivo municipal na segunda-feira, porque os vereadores do PS se abstiveram, já que Moedas, tal como acontece na assembleia municipal, não tem maioria absoluta.

No executivo, composto por 17 elementos, houve sete votos a favor dos eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), cinco abstenções dos vereadores do PS e cinco votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre).

No entanto, a composição de forças na Assembleia Municipal de Lisboa é outra e a abstenção do PS não garante a viabilização do orçamento, já que os socialistas têm 27 deputados e a coligação de direita "Novos Tempos" também - PSD (17), CDS-PP (sete), MPT (um), PPM (um) e Aliança (um). Os restantes deputados estão distribuídos pelo PCP (5), BE (4), IL (três), Chega (três), PEV (dois), PAN (um) e Livre (um), havendo ainda dois independentes (eleitos pela coligação PS/Livre).

Entre os 27 deputados do PS está a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Rosário Farmhouse, que tem a palavra final em caso de empate e, se o seu sentido de voto for abstenção, é necessária uma segunda votação.

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