Paula Brito e Costa diz que se demite para dar "serenidade" à investigação

por RTP
Ex-presidente da associação Raríssimas em entrevista ao Sexta às 9 RTP

Em entrevista à RTP, a até agora presidente da Associação Raríssimas argumenta que se demite para que a investigação possa decorrer dentro dos trâmites legais e com a serenidade exigida. Argumenta que está a ser vítima de uma cabala. É um excerto de uma entrevista exclusiva à RTP, que poderá ver na íntegra no Sexta às 9.

Paula Brito e Costa deixou a liderança da instituição de apoio a pessoas com doenças raras três dias depois de serem denunciadas práticas que indiciam gestão danosa.

A até agora presidente da associação Raríssimas diz ainda que se demite pelas crianças da instituição, mas também "por mim, pela minha legitimidade, a minha dignidade".

A fundadora da instituição demitiu-se esta terça-feira, no mesmo dia em que também Manuel Delgado, secretário de Estado da Saúde apresentou a sua demissão. Uma coincidência, diz Paula Brito e Costa, dizendo que o governante, tal como ela, é uma pessoa íntegra.

"Estou de consciência limpa", disse a ex-presidente da Raríssimas, dizendo que não se constroem projectos como o da Associação com gestão duvidosa. "Sou muito rigorosa, não sou uma pessoa prepontente", afirmou à RTP.

Uma reportagem da TVI revelou este fim de semana gastos luxuosos e abuso de dinheiros públicos, alegadamente praticados por Paula Brito e Costa.

Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Republica informou que o Ministério Público está a investigar a Raríssimas, após uma denúncia anónima relativa a alegadas irregularidades na gestão financeira e ao uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.

Também na segunda-feira, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que vai "avaliar a situação" da Raríssimas e "agir em conformidade", após a denúncia de alegadas irregularidades na gestão financeira e de uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.

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