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Petição contra o Acordo Ortográfico

por João Fernando Ramos, Rui Sá

O cineasta António Pedro Vasconcelos é um dos promotores da petição pública que quer obrigar a uma discussão sobre a abolição da revisão de 1990 do Acordo Ortográfico. Avança-se com argumentos jurídicos ("todos os PALOP tinham que adotar o acordo, só três o fizeram") e de ordem cultural.

"A Língua é um património valioso e um instrumento determinante para a afirmação dos povos e das suas culturas, porque é através dela que exprimem a sua identidade e as suas diferenças". É assim que começa a petição publica, lançada ontem, que quer reabrir o debate sobre o acordo ortográfico.

No texto considera-se esta uma ideia imprevidente do então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, a pretexto de "unificar" "as duas ortografias oficiais" do Português.

"O Castelhano tem 21 variantes, o Inglês 18, o francês 16. A riqueza de uma língua reside ai". António Pedro Vasconcelos diz que em Portugal a adoção da nova grafia resultou "no caos", e em erros que estão a afastar a língua das suas raízes latinas.

Na petição, já assinada por escritores, jornalistas e muitos cidadãos que estão contra esta mudança ficam também claras as falhas de uma unificação que acabou por não acontecer.
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